Desgaste abrasivo de um ferro fundido branco multi componente.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Bernardes, Felipe Gustavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3132/tde-29082023-081958/
Resumo: Resultados anteriores mostraram que o coeficiente de atrito é sensível à variação do tamanho do abrasivo apenas no regime desgaste severo, e que a taxa de desgaste é sensível a este mesmo parâmetro somente no regime de desgaste moderado. Com o objetivo de verificar se este tipo de comportamento é observado para o ferro fundido branco multicomponente (FFBMC), neste trabalho estudou-se a influência do tamanho do abrasivo e da dureza da matriz sobre os valores de coeficiente de atrito e taxa de desgaste. Para tanto foram realizados ensaios de desgaste abrasivo a dois corpos em diferentes condições de severidade. A variação da severidade do ensaio foi imposta por meio de variação da dureza do material e do grão abrasivo. As condições menos severas foram obtidas utilizando-se lixa de vidro. A lixa de alumina foi utilizada para obter condições de ensaio mais severas. Os valores obtidos de macrodureza do material foram 550 e 700 HV. Como resultado observou-se comportamento semelhante ao descrito na literatura, com exceção da condição na qual a dureza do abrasivo é inferior a dureza da matriz do material ensaiado onde se observou que o tamanho do abrasivo não influenciou os valores de taxa de desgaste relativa. Os desdobramentos tecnológicos deste trabalho orientam a aplicação do FFBMC em aplicações envolvendo abrasão. Nestas aplicações a elevação da macrodureza do material de 550 para 700 HV provocou elevação de 50 % na resistência ao desgaste quando o material foi aplicado em condições de regime severo de abrasão. A mesma elevação de dureza resultou em 250 a 1700 % de elevação na resistência ao desgaste quando o material foi solicitado em regime moderado. Quanto ao coeficiente de atrito ocorreu redução do mesmo em ambos os regimes de desgaste com a elevação da dureza. ) Tem-se então, a possibilidade, de ao mesmo tempo, reduzir-se o consumo de energia (via diminuição do coeficiente de atrito) e o consumo de material (via redução do desgaste) apenas por meio da adequação do tratamento térmico do FFBMC, ou seja, da elevação da sua dureza.