Deslocamentos tecnológicos e artísticos na prática dos microrroteiros da cidade
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2032 |
Resumo: | Esta pesquisa propõe uma reflexão sobre como a dimensão tecnológica na prática dos Microrroteiros da Cidade se constitui como fator fundamental de seus processos de co-construção e mediação de circulações, dinâmicas e possibilidades de desdobramento. Criado em 2009 pela artista e roteirista paulistana Laura Guimarães, o projeto consiste em pequenas intenções de roteiro que convidam à visualização de histórias e situações vivenciadas por pessoas que transitam e/ou habitam a cidade de São Paulo. A linguagem utilizada nos textos dos microrroteiros é, ao mesmo tempo, uma relativização do roteiro de cinema e do código técnico de escritura do Twitter – uma plataforma de microblogging que prioriza o compartilhamento por meio de mensagens curtas de até 140 caracteres. Por meio de levantamento fotográfico, entrevista e coleta de dados, realizamos um mapeamento dos trânsitos dessas dinâmicas e, posteriormente, desenvolvemos uma análise das opções tipográficas, dos variados suportes, composições e das conexões entre diferentes espaços geográficos identificados. A fundamentação da pesquisa é realizada a partir da Teoria Crítica da Tecnologia de Andrew Feenberg e da leitura do autor sobre as considerações de Herbert Marcuse em relação à tecnologia e a arte. Refletimos também a respeito de deslocamentos de processos artísticos e comunicacionais desencadeados a partir da década de 1960 por um viés teórico latino-americano, sustentado por Néstor García-Canclini e Jesús Martín-Barbero, no intuito de analisarmos como a prática dos Microrroteiros da Cidade e suas dimensões técnico-estéticas se constituem nas dinâmicas das redes sociais e dos códigos urbanos em que se localiza. Desse modo, compreendemos as hibridações de linguagens expressas nessa prática artística como deslocamentos que ocorrem não de modo linear, mas de maneira cruzada e simultânea, borrando fronteiras de autoria e de fruição passiva, possibilitando outras construções de visualidades, coletivos e randômicos, mediando processos de ressignificação e reapropriação da cidade. |