Comissionamento e dosimetria de TBI utilizando filme radiocrômico, câmara de ionização e detector OSL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marins, Priscila de França lattes
Orientador(a): Filipov, Danielle lattes
Banca de defesa: Filipov, Danielle, Soboll, Danyel Scheidegger, Petchvist, Cesar Dias
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4241
Resumo: A irradiação total do corpo (total body irradiation – TBI) é uma técnica especial de radioterapia que faz parte do condicionamento do transplante de medula óssea, para tratar pacientes com leucemia, linfoma, doenças autoimunes, mieloma múltiplo, entre outros. A função deste procedimento é a imunossupressão, ablação da medula óssea e destruição de células malignas, a fim de evitar a rejeição à medula do paciente transplantado. As doses necessárias para este tratamento são iguais ou superiores à tolerância dos órgãos de risco, portanto é necessária uma alta precisão e confiabilidade neste tratamento. Esta precisão é obtida com a dosimetria, procedimento através do qual podemos verificar a entrega da dose na superfície ou nos órgãos internos. Sendo assim, neste estudo foi apresentada uma metodologia para o comissionamento, consistindo na avaliação da distribuição de dose em determinadas profundidades do feixe primário (PDP – porcentagem de dose na profundidade) e do fator off-axis para acelerador linear utilizado em procedimentos de TBI utilizando filmes radiocrômicos. Feito o comissionamento, os parâmetros dosimétricos foram avaliados por meio da estimativa de dose em órgãos internos de um phantom antropomórfico utilizando filmes radiocrômicos e detectores OSL de BeO. As irradiações foram realizadas em um acelerador linear Clinac 2100SC e, para determinar a PDP a 20 cm de profundidade, filmes radiocrômicos e uma câmara de= ionização foram utilizados dentro de um phantom cúbico com água. Posicionando o filme radiocrômico, dentro de um phantom de placas de água sólida, a profundidades de 1,5 a 15 cm para 6 MV e a profundidades de 2,5 a 15 cm para 15 MV, foi possível calcular o fator off-axis (dose fora do raio central dividido pela dose no raio central, medida no ar). A câmara de ionização e os filmes radiocrômicos mostraram semelhança na leitura dos PDPs (diferenças de até 5%). Além disso, os detectores OSL de BeO e os filmes radiocrômicos obtiveram, em média, resultados similares, próximos ao valor planejado (200cGy), se mostrando adequados para a dosimetria no TBI. Deste modo, conclui-se que os filmes radiocrômicos são eficientes no comissionamento do acelerador linear e podem facilitar e melhorar as medidas e estimativas dos parâmetros dosimétricos avaliados. Além disso, assim como os detectores de BeO, podem ser utilizados para medidas in vivo durante o procedimento de TBI.