Atividade prebiótica dos carboidratos extraídos do farelo de arroz desengordurado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Antunes, Laura Luisi lattes
Orientador(a): Drunkler, Deisy Alessandra lattes
Banca de defesa: Drunkler, Deisy Alessandra lattes, Ferreira, Flavio Dias lattes, Colla, Luciane Maria lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Medianeira
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29720
Resumo: O farelo de arroz, subproduto do processamento do arroz, representa cerca de 6 – 12% do grão in natura, com uma composição rica nutrientes, em especial elevadas concentrações de carboidratos com potencial efeito prebiótico. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade prebiótica dos carboidratos (CHO) extraídos do farelo de arroz desengordurado (FAD) por extração assistida por ultrassom (CFSU) e tratamento hidrotérmico (CFTH), por meio da avaliação da digestibilidade in vitro dos açúcares, do seu potencial de utilização como fonte de açúcar para o crescimento de microrganismos probióticos (L. acidophilus LA-05, L. casei-01, L. plantarum BG 112 e L. rhamnosus ATCC 53103), escore de atividade prebiótica e atividade metabólica bacteriana (valores de pH, consumo de açúcares e produção de ácidos). Os extratos (CFSU e CFTH) também foram caracterizados quanto seu conteúdo total de carboidratos, rendimento de extração, perfil de carboidratos e grupos funcionais. O método ultrassônico mostrou-se mais eficiente na extração dos carboidratos (0,590 ± 0,001 g CHO g-1 extrato e 96,72% de rendimento) em comparação com o tratamento hidrotérmico (0,507 ± 0,004 g CHO g -1 extrato e 83,11% de rendimento). Os dois extratos mostraram-se semelhantes em relação ao espectro FTIR e ao perfil de carboidratos, com a presença dos açúcares glicose, estaquiose e arabinose em sua composição. CFSU e CFTH demonstraram um baixo grau de hidrólise sob as condições de digestibilidade in vitro, principalmente a uma concentração inicial de 15 g L-1 de amostra (4,44 ± 0,48% e 5,72 ± 1,50%, respectivamente), aumentando na concentração de 30 g L -1 (11,74 ± 0,18% e 17,99 ± 2,44%, respectivamente). Os ensaios com CFTH e CFSU proporcionaram contagens semelhantes (p > 0,05) de células viáveis probióticas (> 8,0 e 8,8 log UFC mL -1 , na concentração de 15 e 30 g L-1 , respectivamente) após 48 h de cultivo, assim como escores de atividade prebiótica positivos (0,38 – 0,83 e 0,36 – 0,64, na concentração de 15 e 30 g L -1 , respectivamente); foi ainda verificado nos meios, a diminuição do pH, a produção de ácido lático, acético, propiônico e o consumo de glicose, frutose e estaquiose ao longo do tempo. Esses resultados demonstram que os carboidratos do farelo de arroz desengordurado podem ser considerados como uma potencial fonte de prebióticos.