Potencial biotecnológico de fungos de ecossistema manguezal
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4355 |
Resumo: | O manguezal é um ecossistema estuarino delimitado pela linha da maior maré de sizígia que ocorre em regiões tropicais e subtropicais. Neste ambiente microrganismos estão envolvidos em uma série de transformações e ciclagem de nutrientes. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial biotecnológico de fungos de ecossistema manguezal. A coleta foi realizada no Complexo Estuarino de Paranaguá (CEP) em dois pontos equidistantes a uma linha paralela. A partir dos procedimentos de amostragem e isolamento foram obtidos 40 isolados fúngicos, os quais foram analisados por meio de uma seleção qualitativa de produção enzimática hidrolítica e ligninolítica. Os resultados obtidos nesta análise evidenciaram predominância da atividade de enzimas hidrolíticas. Além disso, os isolados fúngicos obtidos apresentaram tolerância à concentração ≤5% de cloreto de sódio (NaCl), indicando halofilia adaptativa. Por meio de análises morfológicas e moleculares os isolados selecionados foram identificados como: Trichoderma atroveride, Trichoderma harzianum, Microsphaeropsis arudinis, Epicoccum sp., Trichoderma sp., Gliocladium sp., Geotrichum sp. e Cryphonectria sp. Estes fungos foram avaliados quanto ao seu potencial enzimático ligninolítico, a partir do cultivo líquido estático na presença e ausência de água do mar. Os resultados apresentaram atividade principal da enzima lacase, destacando-se a espécie Microsphaeropsis arudinis (LB07), a qual apresentou 1.037 U/L de lacase, resultado inédito neste âmbito. Quando expostos ao cultivo na presença de água do mar, os fungos analisados apresentaram valores mais elevados de enzima lacase. A fim de avaliar a biodegradação de efluente têxtil, a enzima lacase proveniente dos fungos Microsphaeropsis arudinis (LB07) e Trametes villosa foi aplicada na presença e ausência de mediadores químicos. Os resultados obtidos nesta análise indicaram maior atividade de descoloração na ausência de mediador químico. O fungo Microsphaeropsis arudinis (LB07) apresentou maior percentual de descoloração na concentração 100 U/L de enzima lacase, resultado inédito nesta área. Quanto ao fungo Trametes villosa, seu melhor percentual de descoloração foi evidenciado na concentração de 500 U/L de enzima lacase. Considerando que os fungos de manguezal são pouco explorados, os resultados obtidos em sua maioria apresentam-se inéditos. Os dados derivados do presente estudo, ressaltam a importância dos microrganismos de manguezal, sua diversidade, adaptação a condições salinas, potencial enzimático (hidrolítico e ligninolítico), e capacidade de biodegradar poluentes, o que os tornam promissores em processos biotecnológicos. |