Análise de movimentos oculares em questões de cálculo: um estudo desenvolvido com alunos de cursos de engenharia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Christo, Maria Marilei Soistak lattes
Orientador(a): Resende, Luis Mauricio Martins de lattes
Banca de defesa: Gabriel, Rosângela, Schastai, Marta Burda, Bacila, Maria Sílvia, Pinheiro, Nilceia Aparecida Maciel, Reis, Ednei Felix
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4132
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar em que o comportamento ocular dos alunos de Engenharia com melhor desempenho (MD) e pior desempenho (PD) se aproxima ou se diferencia durante a resolução de problemas matemáticos, considerando as notas obtidas no ENEM e nas disciplinas de CDI I e CDI II. A amostra estudada envolveu 57 alunos calouros dos cursos de Engenharia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa. Foram aplicadas três etapas de testes, uma em cada semestre: três questões de nível médio, três questões de CDI I e três questões de CDI II. Os movimentos oculares de todos os participantes foram gravados e, para certificação de uma leitura com atenção, foi solicitado que os alunos explicassem verbalmente o problema após a leitura no rastreador ocular. Após, os alunos resolveram as questões no papel. Esta pesquisa teve como objetivos específicos: 1) Verificar o tempo de leitura médio entre os dois grupos de alunos (MD e PD); 2) Investigar os movimentos oculares que envolvem a quantidade de sacadas progressivas e regressivas; 3) Comparar se os alunos com pior desempenho realizam mais sacadas regressivas que os alunos com melhor desempenho; 4) Analisar os movimentos oculares quanto ao número de fixações, às áreas de interesse e aos mapas de calor; 5) Averiguar o nível de confiança que diferencia os dois grupos (MD e PD) quanto ao comportamento ocular; 6) Apresentar as análises e sugestões para futuras pesquisas. O produto da tese apresenta o mapa de calor, mapa de opacidade e traçado de olhares como possibilidades de análises a partir do rastreador; análises realizadas em relação a: acertos e erros, aprovação e reprovação, questões refeitas por alunos que reprovaram em CDI I; e sugestões para trabalhos futuros. Os objetivos propostos foram alcançados. Por meio do uso do rastreador ocular, foram encontradas regularidades e disparidades, ou seja, no que o olhar dos alunos com melhor e pior desempenho se aproxima (número de fixações em CDI II, mapas de calor, revisitas às áreas de interesse, número de sacadas regressivas) e no que diferencia (média do tempo de leitura, número de sacadas, duração das fixações, número de fixações EM e CDI I, mapas de calor). Conclui-se que não é possível diferenciar o comportamento ocular dos alunos de Engenharia com melhor desempenho dos alunos com pior desempenho. Entretanto, é válido observar que os dados de CDI I demonstram diferenças em relação aos dados de EM e CDI II.