A desonestidade científica e seu reflexo na retratação de artigos indexados na base Web of Science, no período de 1945 a 2015
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3552 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo é analisar as retratações de artigos científicos na área de Engenharia, por meio de publicações indexadas na base de dados Web of Science, no período entre 1945 a 2015. Em função disso, a pesquisa experimental é compreendida por dois grupos: de pesquisa e de controle. O grupo de pesquisa foi construído através das retratações científicas publicadas na Base de Dados Web of Science, no período de 1945 a 2015. Buscou-se documentos que possuíam em seu título as seguintes palavras: “retracted” OR “retraction” OR “withdrawal” OR “redress”. Já, o grupo de controle foi constituído por artigos aleatoriamente selecionados, encontrados nos mesmos periódicos, número e volume dos artigos do grupo de pesquisa. A partir disso, foram coletados dados que buscassem sanar o objetivo do trabalho, tais como: quantidade de citações e autocitações, perfil dos artigos retratados, densidade e obsolescência dos artigos. Para análise dos dados, foram utilizados mediante o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), o teste de Kolmogorov Smirnov, Mann-Whitney, Tukey-Kramer e estatística descritiva. Foram analisados 238 retratações e 236 artigos não retratados, os quais apontaram que os artigos retratados foram citados 2.348 vezes, sendo 1.291 antes da retratação e 1.057 após a retratação e em média, os artigos retratados foram citados 9,87 vezes. Os artigos não retratados obtiveram 2.957 citações, cuja média foi de 12,53. Quanto à autocitação, os artigos retratados receberam 555 autocitações, sendo 481 antes e 74 após a retratação, sendo que a média foi de 2,33. Já os artigos não retratados obtiveram 396 autocitações, uma média de 1,68. Em média, os artigos possuíam 35,5 referências e a média da vida útil é de cinco anos. O principal motivo das retratações é a pesquisa antiética com 81 casos e plágio com 66 casos. Na maioria dos casos quem retrata os artigos são os editores, no período de um a dois anos após a publicação. Verificou-se que os artigos retratados são menos citados que artigos não retratados. Averiguou-se também que em suma maioria, os artigos retratados recebem mais autocitações que os artigos não retratados, sendo que antes da retratação a quantidade é maior do que após a retratação. Mediante esta perspectiva, enfatiza-se que enquanto métodos preventivos e corretivos não forem verdadeiramente eficazes no combate à má conduta científica, pesquisadores e periódicos poderão colocar em risco a credibilidade da ciência. |