Criança, brinquedo e tecnologia: uma relação delicada
Ano de defesa: | 2007 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27145 |
Resumo: | O tema desta dissertação se inspira numa interrogação sobre a relação criança, brinquedo e tecnologia, em especial ao brinquedo tecnológico, muito presente no dia a dia de pessoas que trabalham e convivem com crianças. Através do estudo e da análise qualitativa de três casos de atendimentos clínicos relatados, objetivou-se comprovar a possibilidade de observar a incapacidade de ser o brinquedo tecnológico capaz de suportar a projeção infantil. Historicamente, o brinquedo cumpre a função de permitir à criança preparar-se para a vida adulta na medida em que lhe são fornecidos objetos do cotidiano em tamanho reduzido para que possa manipular. E a própria infância, termo construído para localizar a criança no mundo social de cada época, foi conquistando seu espaço social desde a ausência no referencial da arte, passando pelo “pequeno adulto” medieval até ser reconhecida como “o futuro da humanidade” dos dias atuais. Na relação com a criança, o brinquedo, objeto extremo segundo Brougère (2004), possui um significado e uma função, distintos na concepção mas que se misturam, se confundem e se sobrepõem na relação. A função é a característica orientadora da utilização do brinquedo na educação. A imagem do brinquedo se aprimora com o avanço da tecnologia e na brincadeira, o simbólico muitas vezes determina o sentido ficcional da brincadeira. A psicanálise descobriu o valor deste simbólico para a criança, e se utiliza desta significação para auxiliá-la nas suas dificuldades e angústias. Com seus aportes teóricos, a teoria psicanalítica do brincar estabeleceu as características necessárias a um brinquedo que lhe permite ser objeto de projeção por parte da criança. O presente trabalho está dividido em três grandes partes. A primeira trata da tecnologia e do brinquedo a partir de uma visão histórica, recuperando alguns passos de determinados brinquedos milenares, jogos e suas transformações segundo estilos de vida. A segunda parte atravessa aspectos teóricos do tema, trazendo importantes pontos de vistas dos principais psicanalistas. Na terceira e última parte foram escolhidos três casos de atendimento clínico para se estudar como se estabeleceram as relações das crianças com os brinquedos presentes nas sessões. O estudo dos três casos clínicos apresentados permitiu observar como se estabeleceu a relação das crianças com os brinquedos presentes nas sessões e a influência que o brinquedo tecnológico exerceu sobre elas, na medida em que manifestaram transferencialmente o significado do segundo para os primeiros e as dificuldades daí decorrentes em lidar com isso. O problema que inspirou esta dissertação encontra sua resposta nesta observação. |