Eletromiografia e teste de força máxima para avaliação de protocolo de acupuntura para dor de joelho de corredores
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2007 |
Resumo: | A dor em membros inferiores é muito comum em atletas e pode representar um aspecto limitante ao rendimento. De acordo com estudos epidemiológicos, entre 27% e 70% dos corredores apresentam algum tipo de lesão durante o período de um ano, que causa desconforto durante os treinos e gera desempenho abaixo do esperado em competições. Na busca da atenuação e/ou solução para a dor de atletas corredores, a acupuntura pode ser benéfica, já que esta técnica é conhecida pelos seus efeitos de analgesia aplicados em região de joelho. O objetivo deste estudo foi de analisar os parâmetros relacionados à dor de joelho correlacionando os parâmetros de força das musculaturas avaliadas em corredores submetidos ao tratamento de acupuntura. Foi realizado um estudo descritivo no período de janeiro a junho de 2015, com 34 corredores, com idade de 20 a 52 anos, de ambos os sexos, que apresentassem dor em região de joelho. Os voluntários preencheram o Questionário de Dor McGill e a Escala Visual Analógica e foram submetidos ao teste de força máxima com avaliação eletromiográfica dos músculos reto femoral, vasto lateral e vasto medial e avaliação de força do quadríceps. Receberam semanalmente cinco atendimentos seguindo o protocolo de acupuntura desenvolvido neste estudo. Após, foram novamente submetidos ao teste de força e preenchimento do questionário e da escala de dor. Todos os voluntários relataram sentir diminuição da dor de joelho após o tratamento, que foi avaliada por meio do Questionário de Dor McGill que obteve inicialmente mediana de 17,5 e após o tratamento, 6,5 (melhora de 62,9%). E por meio da Escala Visual Analógica (EVA), que inicialmente obteve média de 6,0 e após o tratamento, média de 3,0 (melhora de 50,0%) e p<0,001 para ambos. A média de força do membro afetado foi de 20kgf e esta foi aumentada para 27kgf após o tratamento (incremento de 34% e p<0,001). Para o membro contralateral, a força média inicial era de 22kgf e após o tratamento foi de 27,90kgf (incremento de 25% e p<0,001). Para comprovar o ganho de força por meio da amplitude do sinal eletromiográfico, verificou-se aumento no número de recrutamento de unidades motoras para os três músculos avaliados em ambos os membros. O músculo reto femoral do membro afetado teve incremento de 43% (p<0,001), o músculo vasto medial de 25% (p<0,001) e vasto lateral de 16% (p=0,025). Para o membro contralateral, o músculo reto femoral teve incremento de 17% (p=0,023), o músculo vasto medial de 32% (p=0,029) e o músculo vasto lateral de 27% (p=0,002). Quanto à frequência mediana não houve diferença na velocidade de condução dos potenciais de ação, em ambos os membros. Conclui-se que o protocolo proposto se mostrou eficaz na diminuição da sintomatologia dolorosa em região de joelhos de atletas corredores, interferindo no ganho de força e no equilíbrio muscular. |