Análise postural e atividade eletromiográfica em pacientes com osteoartrite de joelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Sencovici, Luciano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-10052010-154632/
Resumo: A Osteoartrite é o resultado da degeneração da cartilagem articular, sendo atualmente considerada uma condição comum e de causa multifatorial que afeta milhões de pessoas anualmente e uma das principais causas de dor e incapacidade funcional. Os joelhos são uma das articulações mais afetadas devido à sobrecarga, que constitui o principal mecanismo ativador ou determinante para o desenvolvimento da doença. Há diminuição importante da amplitude de movimento e da força muscular que acarreta em uma limitação funcional e alterações posturais interferindo nas atividades de vida diária. O objetivo principal desta pesquisa foi caracterizar as alterações posturais e a atividade eletromiográfica em pacientes com osteoartrite de joelho. Este estudo envolveu 30 mulheres voluntárias divididas em dois grupos: Grupo controle (GC) composto por 15 idosas (66,0±4,5 anos, IMC de 25,4±2,29 Kg/m2) e um grupo composto de 15 idosas com diagnóstico radiográfico de OA de joelhos Grupo osteoartrite (GO) (67,0±5,8 anos, IMC de 26,2±2,98 Kg/m2) bilateralmente, sendo um joelho sintomático e um assintomático. Para a análise postural foi utilizado o programa SAPO® na qual foram realizadas fotografias no plano sagital e frontal. Através do programa foram mensurados o ângulo Q e o ângulo do joelho bilateralmente. Foi realizada a avaliação eletromiográfica na CIMV bilateralmente do vasto lateral e medial. A avaliação na CIMV foi realizada com os sujeitos sentados na maca (joelhos em 90º de flexão). Foi solicitado ao sujeito realizar uma extensão de joelho ativa contra a resistência durante cinco segundos, repetindo esse processo por três vezes. Para a análise estatística foram utilizados teste de Shapiro-Wilk para normalidade, teste Levene para homocedasticidade e o teste de correlação de Spearman. As comparações entre os grupos foram realizadas por meio de duas ANOVAs one-way. No GO os sujeitos apresentaram uma capacidade funcional muito grave (IFL = 12), e de gravidade moderada na avaliação radiológica (escala de Kellgren = 2), no GC os sujeitos não possuíam dor. No GO o ângulo Q foi de 19,9º para o joelho com OA e de 19,1º para o assintomático (p=0,732). No GC obteve-se um ângulo Q de 19,8º (p=0,955) entre os dois joelhos. Na distância intercondilar o GC foi de 2,9 cm enquanto que no GO foi de 5,3 cm (p=0,168) e na distância intermaleolar o GC foi de 7,2 cm e no GO foi de 12,3 cm (p=0,156). Houve diferença estatística nos valores nas RMS do vasto lateral e medial nos joelhos controle (VL=545,2±40V / VM=456,9±45V) em relação aos joelhos sintomáticos (VL=338,6±54V / VM=291,7±40V) (p=0,001) para ambos os músculos. Já nas comparações entre os joelhos controle (VL=545,2±40V / VM=456,9±45V) e assintomático (VL=540,9±19V / VM=443,8±18V) não foram observados diferenças estatísticas (p=0,430 para VL e p=0,956 para VM). Nas comparações entre os joelhos sintomáticos (VL=338,6±54V / VM=291,7±40V) e assintomáticos (VL=540,9±19V / VM=443,8±18V) foram observadas as diferenças estatísticas significativas nos dois músculos analisados (p=0,001 para ambos). Ocorreu um predomínio de joelhos valgos nos dois grupos sem significância estatística. Na eletromiografia de superfície as portadoras de osteoartrite de joelhos apresentaram alterações na atividade muscular como diminuição da atividade muscular em VL e VM na CIMV em comparação ao GC e GO assintomáticos.