A marca amarela: produção artística como resistência na militância asiático-brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Marco Takashi Matsuda de lattes
Orientador(a): Queluz, Marilda Lopes Pinheiro lattes
Banca de defesa: Zacar, Cláudia Regina Hasegawa lattes, Paz, Liber Eugenio lattes, Queluz, Marilda Lopes Pinheiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5105
Resumo: No presente trabalho busco refletir sobre como se dá a produção artística relacionada à militância asiático-brasileira, sobretudo nas obras Chocopie, Pulgasari e Corte de Cabelo (2018) da artista plástica Ing Lee; Onde-por enquanto (2018) da artista visual e tatuadora Paty Baik; e Criança Amarela (2018) do artista, designer e tatuador Monge Han. Penso nessas obras como produções que materializam narrativas peculiares às suas criadoras e a seu criador, as quais convergem para suas vivências diaspóricas, constituindo, não só suas percepções quanto suas posições de sujeitos racializados na sociedade brasileira. Proponhome a contextualizar a formação de espaços de debate e articulação da militância asiático-brasileira online e off-line e a relação com esses artistas, trazendo um panorama geral dessas ações. Trago uma breve biografia de cada artista bem como um painel de compilação de suas obras, demonstrando o caráter experimental no uso de diferentes técnicas adotadas por cada artista. Busco demonstrar como as imagens se configuram como uma potente ferramenta para propor outras possibilidades de se fazer reconhecer na sociedade brasileira. Para tanto, confronto as imagens produzidas nas obras pensando nas estratégias de se representar enquanto uma pessoa amarela, analisando os textos, elementos gráficos, cores e técnicas presentes em cada obra, dialogando com o conceito de representação de Stuart Hall, o orientalismo de Edward Said, a diáspora de Avtar Brah e as práticas de resistência de Patricia Hill Collins e bell hooks. Com este trabalho percebo que cada artista coloca em discussão e representação a vivência enquanto sujeito asiático-brasileiro, não em uma posição de sujeito narrado mas de protagonistas de seus enunciados. Logo, concluo que a articulação da produção artística com questões de raça/etnia, gênero e sexualidade contribuem para a configuração de uma arena de disputas denominada militância asiático-brasileira.