Jane Austen no polissistema literário brasileiro: a tradução de Lesley Castle e a recepção da obra Persuasão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Soares, Aline Benato lattes
Orientador(a): Ruffini, Mirian lattes
Banca de defesa: Cardoso, Ana Cristina Bezerril lattes, Camilotti, Camila Paula lattes, Ruffini, Mirian lattes, Fioruci, Wellington Ricardo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4802
Resumo: Esta pesquisa realizou um estudo descritivo das traduções brasileiras das obras Juvenilia e Persuasão de Jane Austen, a qual teve como objetivo verificar a inserção e a consolidação de Jane Austen no polissistema literário brasileiro, por meio das traduções de suas obras publicadas ao longo do período de 1971 a 2019. Para tanto, utilizou-se o aporte teórico de Lawrence Venuti (2002) acerca da tradução literária, os postulados de Itamar Even-Zohar (2013) com a Teoria dos Polissistemas Literários, e os estudos de Gideon Toury (2012), com os Estudos Descritivos da Tradução. O trabalho de José Lambert e Hendrik Van Gorp (2006) e seu esquema para análise de traduções, principalmente em relação aos aspectos do macronível e do micronível, bem como as categorias tradutórias elaboradas por Antoine Berman (2007), norteiam este trabalho. Os postulados de Andre Lefevere (2007) serviram de base para as discussões acerca das políticas de publicação de tradução e, a teoria dos Paratextos, proposta por Gérard Genette (2009), foi utilizada para o desenvolvimento das análises dos paratextos das traduções das obrasescolhidas. Isso posto, verificamos que existe apenas uma tradução para o português-brasileiro,incompleta, da obra Juvenilia, e dezoito edições, constando nove traduções brasileiras da obra Persuasão. Desse modo, constatamos que as obras escritas na juventude por Jane Austen tendem a receber menos traduções em nosso polissistema literário do que as obras escritas em sua fase adulta, como é o exemplo da obra Persuasão. Ademais, realizamos uma tradução de uma novela da Juvenilia, intitulada Lesley Castle, ainda inédita no português-brasileiro. Outrossim, foi desenvolvida uma análise de nosso próprio processo tradutório, em comparação com outras traduções realizadas no par linguístico português/inglês, no polissistema literário brasileiro. Sendo assim, as traduções escolhidas foram as das tradutoras, Julia Romeu que traduziu a Juvenilia, e a de Luiza Lobo, que foi a primeira profissional a traduzir a obra Persuasão para o português-brasileiro, as quais analisamos de acordo com os conceitos de Estrangeirização de Domesticação abordados por Lawrence Venuti (2002). Percebemos que a tradução da obra Persuasão (2007), de Luiza Lobo, possui mais elementos estrangeirizantes. Enquanto, a tradução da Juvenília, de Julia Romeu (2014), possui mais elementos domesticadores.