Avaliação da atividade antibacteriana de nisina e nanopartículas de curcumina frente a bactérias de interesse em alimentos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campo Mourao Medianeira |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28589 |
Resumo: | Bactérias e vírus patogênicos são responsáveis pelo maior número de surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTAs) em todo o mundo, em que destacamse as bactérias Staphylococcus aureus, Salmonella Typhimurium e Escherichia coli. Cada vez mais atenção tem sido dada ao uso de conservantes naturais, que prolongam a vida útil e melhoram a segurança dos alimentos. Dentre os inúmeros conservantes naturais que apresentam atividade antimicrobiana, destacamse a nisina, uma bacteriocina amplamente utilizada na indústria de alimentos, e a curcumina, um pigmento alaranjado extraído do açafrão. Contudo, tais compostos apresentam baixa solubilidade em água, o que prejudica tanto sua aplicação, quanto sua ação nos alimentos. A nanoencapsulação tem sido amplamente estudada como uma alternativa para aumentar a solubilidade, além de otimizar a atividade antibacteriana dos compostos. Neste contexto, esperase que a encapsulação da curcumina e sua coencapsulação com nisina, possa melhorar a viabilidade de aplicação em alimentos, além da sua ação. Desta forma, no presente trabalho objetivouse avaliar a atividade antibacteriana determinando a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Bactericida Mínima (CBM) da nisina (Nis) e de nanopartículas de curcumina (NCur, produzidas pela técnica de dispersão sólida, com polivinilpirrolidona como encapsulante e Tween 80 como surfactante) frente as bactérias S. aureus, E. coli e S. Typhimurium. Além disso, foi avaliado o efeito da associação das NCur e em conjunto com a Nis frente aos mesmos microrganismos por concentração inibitória fracional (CIF). Verificouse que tanto as NCur quanto a Nis apresentaram CIM (NCur = 0,75 mg/mL e Nis = 0,5 mg/mL) e CBM (NCur = 0,75 mg/L e Nis = 1,0 mg/mL) menores frente S. aureus, além de apresentarem sinergismo quando testadas frente à esta bactéria (FIC = 0,265). Na etapa seguinte foi realizada a coencapsulação da curcumina e da nisina (NCurNis), utilizando a proporção encontrada no sinergismo (1:1,36 (mcurcumina/mnisina)) e o coencapsulado foi avaliado com relação a CIM e CBM novamente frente S. aureus, resultando em uma CIM de 0,064 mg/mL evidenciando um melhor efeito inibitório, quando comparadas as NCur e a nisina isoladas. Contudo não foi possível determinar a CBM para este caso. As nanopartículas foram também caracterizadas quanto as suas propriedades físicoquímicas, onde verificouse por Calorimetria Diferencial de Varredura e Análise Termogravimétrica que para as NCur os componentes ficaram completamente miscíveis e em forma amorfa (sem a presença do pico de fusão cristalina da curcumina), além de serem detectadas interações entre encapsulante/encapsulado por Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier. Já no caso das NCurNis não foram determinadas interações entre encapsulante/encapsulados no mesmo nível em que as NCur, apesar de haver formação de estruturas nanométricas (Microscopia Eletrônica de Transmissão e Espalhamento Dinâmico de Luz), indicando que possivelmente a encapsulação não foi completa. Desta forma, as NCurNis apresentam potencial para maiores investigações quanto à coencapsulação e ação. |