Avaliação da atividade mioelétrica dos músculos trapézio superior e deltoide médio com o uso de exoesqueleto industrial para membros superiores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Wenke, Rodney lattes
Orientador(a): Setti, João Antônio Palma lattes
Banca de defesa: Medeiros, Cindy Renate Piassetta Xavier lattes, Campos, Daniel Prado de lattes, Setti, João Antônio Palma lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5224
Resumo: Apesar da tendência em curso de automação e mecanização na indústria, muitos trabalhadores ainda estão expostos ao manuseio de cargas, movimentos repetitivos e posturas corporais inadequadas. Um típico exemplo do problema é o trabalho realizado com movimento de membros superiores em elevação, especialmente com as mãos acima da altura da cabeça, que causa a compressão dos tendões do manguito rotador do ombro e a redução da força de preensão palmar, causando lesões muitas vezes irreversíveis. Como opção para solução do problema, pode-se indicar os exoesqueletos para membros superiores. Exoesqueletos são órteses funcionais que auxiliam o corpo humano a desenvolver determinadas tarefas, vestindo o corpo para dar suporte aos movimentos, podendo ser classificados como passivos ou ativos. Apesar dos avanços recentes no desenvolvimento de exoesqueletos para aplicações industriais, esses ainda não são amplamente adotados pela indústria. Alguns dos desafios, que têm de ser superados, são reduções da amplitude de alguns movimentos, desalinhamento entre a anatomia humana e cinemática do exoesqueleto, bem como desconforto. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do uso de exoesqueleto de membro superior, nos músculos deltoide médio e trapézio superior, durante a execução de movimentos em abdução do ombro. A avaliação foi realizada em laboratório e em uma linha de montagem de automóveis e consistiu na avaliação eletromiográfica com abdução do ombro no ângulo de 90 graus com e sem o uso de exoesqueleto. De forma complementar, foi avaliado a usabilidade do exoesqueleto. Os dados coletados em ambos os ambientes foram tratados no software MATLAB e extraído o “Valor Quadrático Médio” (RMS) do sinal. Nos testes de abdução em laboratório foi obtida uma média da RMS do deltoide direito com diferença significativa de 56% (p< 0,001), o trapézio direito apresentou uma média da RMS com diferença significativa de 52.49% (p< 0,001). Nos testes de linha de montagem obtivemos para o deltoide direito uma média RMS sem diferença significativa de 0.5509% (p> 0,001) no trapézio direito a média RMS com o uso foi significativa 11.5169% (p< 0,001), no deltoide esquerdo a média RMS não foi significativa 1.7489% (p> 0,001) e finalizado o trapézio esquerdo mostrou uma média RMS não significativa de 0.4452% (p>0,001). Conclui-se que nos testes de linha de montagem o uso do exoesqueleto não reduziu significativamente o esforço muscular em todos os músculos estudados, exceção feita para o trapézio direito, nos testes de laboratório a diferença de esforço muscular, com e sem o exoesqueleto, foi significativa para os músculos estudados.