Avaliação da toxicidade utilizando modelos in vivo e in silico da naringenina nanoencapsulada
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campo Mourao Medianeira |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29736 |
Resumo: | A naringenina é um flavonoide derivado da naringina, considerado um polifenol glicosado da classe das flavanonas presentes em plantas cítricas como a toranja (Citrus paradisi L.). Possui propriedades bioativas com ação anti-inflamatória, antineoplásica, antiaterogênica e antioxidante. Contudo, ela possui baixa biodisponibilidade, insolubilidade em água e instabilidade que limitam sua aplicação, dificultando sua ação e absorção no organismo. Métodos de encapsulação tem se mostrado eficazes para contornar tais pontos negativos da naringenina, como a técnica de dispersão sólida. É necessário avaliar o grau de segurança de formulações nanoencapsuladas e, nesse contexto, o tecido meristemático de raízes de Allium cepa L. possui características que o torna uma ferramenta teste eficiente para a avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade de compostos. Estudos in silico se somam a tais experimentos in vivo, pois têm como vantagem a rapidez na sua execução, o baixo custo e a capacidade de reduzir a quantidade de ensaios de toxicidade necessária. O objetivo do presente trabalho foi avaliar potenciais efeitos citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos da naringenina, encapsulada e não encapsulada, bem como realizar estudos de propriedades farmacocinéticas e de ancoragem molecular. A naringenina livre (não encapsulada), nas condições de análises estabelecidas, não causou alteração no índice de divisão celular das células meristemáticas de raízes de Allium cepa L. nos tempos de análises considerados, bem como não induziu alterações de fuso mitótico e quebras cromossômicas nesse sistema teste. Com base nos resultados dos estudos de ancoragem molecular realizados, a naringenina se ancorou no sitio ativo da enzima catalase (CAT), e se ancorou em região distante do sítio ativo da enzima superóxido dismutase (SOD2). Os resultados obtidos nos estudos de propriedades ADMET indicaram que a naringenina possui propriedades moleculares adequadas para substâncias bioativas que são administradas oralmente, e possui relativamente baixa toxidade, fatores que tornam a naringenina um composto promissor para o desenvolvimento de novos fármacos, e para uma melhor implementação na indústria de alimentos. |