Efeito da temperatura de secagem no rendimento da extração de compostos antioxidantes da torta de chia (Salvia hispanica)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos Ponta Grossa |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4960 |
Resumo: | Uma considerável quantidade de resíduo é gerada ao longo da cadeia produtiva de indústrias de processamento da chia, cujo óleo é rico em compostos bioativos. No entanto, os subprodutos dessas sementes, que na maioria dos casos são descartados, apresentam um grande potencial nutritivo. O presente trabalho teve por objetivo investigar o efeito da temperatura de secagem no rendimento da extração de compostos antioxidantes da torta de chia (Salvia hispanica). Para tal, as amostras foram secas sob temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 ± 0,1 °C, até atingir a umidade de equilíbrio. Modelos empíricos da literatura (Verna, Page, Newton, Dois Termos, Henderson e Pabis e Page Modificado) foram testados na descrição da cinética, obtida experimentalmente, através do software Statistica 7.0 [marca registrada]. Após a secagem, foram obtidos extratos da torta de chia in natura e previamente secas, por extração assistida por ultrassom, adotando-se as variáveis independentes: tempo (15, 45 e 60 minutos) e solvente (Água, Metanol e Hexano). Todos os extratos obtidos foram submetidos a análises de atividade antioxidante (DPPH e Fenólicos Totais) e os dados foram analisados estatisticamente (ANOVA). As amostras secas e in natura foram caracterizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Nos resultados de cinética de secagem, foi observado que a temperatura do ar apresentou influência direta no processo. O modelo empírico que melhor se ajustou aos dados experimentais, com base nos paramentos estatísticos ( 2, %, e ) e o critério de informação de Akaike () foi o modelo de Newton. Todas as variáveis independentes foram estatisticamente significativas. Na extração, o metanol apresentou maior rendimento de compostos fenólicos, seguido da água e hexano, apresentando melhores rendimentos nas condições de 60°C/60min, 50°C/45min e 50°C/45min, respectivamente. Notou-se que a polaridade do solvente foi um fator determinante. O hexano (apolar) apresentou rendimento muito inferior ao metanol (polar) e água (polar). Para tempos curtos de extração (15 min) os resultados mostraram que é econômica e ambientalmente amigável utilizar água como solvente extrator. Para tempos maiores de extração, o rendimento para o metanol é significativamente superior sendo economicamente mais viável. As micrografias comprovam as análises de atividade antioxidante, visto que amostras in natura e secas sob 40 °C apresentaram superfície lisa e expandida o que pode ter reduzido a eficiência da extração. Já as amostras secas sob 50°C e 60°C apresentaram matriz porosa, apresentando maior rendimento para as extrações aquosas e metanólicas. No entanto, amostras secas sob 70°C e 80°C apresentaram caráter granular, regiões cristalinas e superfícies desgastadas, permitido a oxidação e a transformação estrutural dos compostos antioxidantes, reduzindo rendimento da extração. Conclui-se, que as variáveis estudadas apresentaram influência no rendimento da extração de compostos antioxidantes da torta de chia. |