Diagnóstico de qualidade ambiental em unidades de conservação: o caso do Parque Estadual Vitório Piassa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bugoni, Aline lattes
Orientador(a): Lingnau, Rodrigo lattes
Banca de defesa: Lingnau, Rodrigo, Souza-Franco, Gilza Maria de, Teixeira, Edival Sebastião
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1778
Resumo: Com o passar do tempo, a humanidade começou a se dar conta dos impactos negativos que o mundo moderno ocasionou ao meio ambiente. O bioma Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade, abrangendo mais de 60% de todas as espécies do planeta. Este bioma cobria cerca de 15% do território brasileiro, restando atualmente apenas 7 % de seus remanescentes florestais totalmente fragmentados. É o bioma que mais sofreu com a modernização e as fortes pressões antrópicas no Brasil. Por conta desta degradação ambiental, na segunda metade do século XIX houve uma mudança de pensamento, dando-se maior ênfase na conservação de algumas paisagens naturais, com a pretensão de afastar o homem da natureza ainda preservada. Baseado nos modelos preservacionistas americanos criou-se as Unidades de Conservação da Natureza. O presente trabalho teve como objetivo analisar a qualidade ambiental do Parque Estadual Vitório Piassa, uma Unidade de Conservação situada no município de Pato Branco - PR. A qualidade ambiental foi avaliada através do uso de bioindicadores de qualidade ambiental bem como foram identificadas algumas pressões socioambientais que o Parque vem sofrendo ao longo dos anos. Besouros da família Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae) foram utilizados como os organismos bioindicadores. Para comparar as áreas mais conservadas e as áreas mais degradadas do Parque, foram delimitados três locais específicos dentro do fragmento de Mata Atlântica, onde por meio de armadilhas de quedas (Pitfall) os insetos foram capturados e identificados quanto a suas espécies e gêneros. Foram feitas duas coletas nos meses de fevereiro e março do ano de 2015, o que resultou em 945 indivíduos distribuídos em 22 espécies de nove gêneros diferentes. Em seguida, a população de besouros de cada área foi classificada com base em medidas ecológicas como riqueza de espécies, abundância de indivíduos de cada espécie, por meio de índices de diversidade (Shannon e Simpson) para identificar as diferenças entre os grupos amostrados e equitabilidade (Pielou) para medir a distribuição da abundância total entre as espécies de cada área. Para atender ao objetivo de identificar as pressões socioambientais que ocorrem no PEVP, foram coletadas evidências através de fotografias, observação a campo, imagens aéreas e conversas com a população residente no parque. Do mesmo modo, se fez pertinente tomar por base o projeto em execução pelo município, para a construção de infraestrutura para visitação pública. Estes dados serviram de subsídios para confrontar a situação atual do parque e a legislação brasileira vigente para as UC’s de Proteção Integral, evidenciando os conflitos socioambientais existentes no parque, envolvendo questões políticas e a proximidade da Unidade de Conservação com a área urbana da cidade.