Aplicação de extratos vegetais fontes de compostos fenólicos no processamento de pães de forma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Domingos, Glacielly de Lima lattes
Orientador(a): Oviedo, Manuel Salvador Vicente Plata lattes
Banca de defesa: Oviedo, Manuel Salvador Vicente Plata, Clerici, Maria Teresa Pedrosa Silva, Droval, Adriana Aparecida
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Medianeira
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2159
Resumo: INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: O pão tornou-se, ao longo de sua história, um dos principais alimentos em nível mundial, sendo que nos últimos tempos o enriquecimento da farinha usada no processamento de pães, torna-o um alimento funcional. O bagaço de uva Isabel, o chá verde (Camellia sinensis) e a erva mate (Ilex paraguariensis) são fontes de compostos fenólicos de considerável valor. Popularmente, têm sido estudados por oferecerem benefícios à saúde, como forma de prevenir doenças degenerativas e por trazerem benefícios às indústrias de panificação. O presente trabalho teve como objetivo a adição de extratos de bagaço de uva Isabel, chá verde (Camellia sinensis) e erva mate (Ilex paraguariensis), ricos em compostos fenólicos à farinha de trigo, avaliando o efeito na reologia da farinha, características tecnológicas e sensoriais no processamento de pães de forma.MÉTODOS: Para estudar o efeito dos compostos fenólicos extraídos do bagaço de uva Isabel, chá verde (Camellia sinensis) e erva mate (Ilex paraguariensis) sobre algumas propriedades da farinha de trigo e do pão de forma padronizou-se as concentrações dos extratos sobre a farinha de 1000, 2000, 3000 e 4000 mg EAG/kg e usou-se o método de análise físico-química, reológica e sensorial, sendo no extrato: Quantificação de compostos; Na farinha: Umidade, alveografia, farinografia, falling number e glúten; No pão: Volume específico, colorímetria e análise sensorial (sabor, aroma, textura e aceitação global). PRINCIPAIS RESULTADOS: O extrato de erva mate (Ilex paraguariensis,) apresentou a maior concentração de composto fenólicos, seguido respectivamente pelo bagaço de uva Isabel e chá verde (Camellia sinensis). Nas análises reológicas a farinha com aplicação de extrato de bagaço de uva (EBU) apresentou melhorias nas características desejadas para a panificação, evidenciadas pelo aumento da força do glúten e da absorção de água, apresentando uma farinha com maior tolerância a força mecânica (stress). O extrato de erva mate apresentou bons resultados quando aplicado na panificação, confirmados pelo aumento do volume específico, pela coloração mais próxima do controle (miolo branco) e pela preferência no atributo aceitação global do teste sensorial. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: As diferenças observadas nas propriedades reológicas, físico-químicas e sensoriais nas farinhas e nos pães formulados com extratos de bagaço de uva Isabel, chá verde (Camellia sinensis) e erva mate (Ilex paraguariensis) em diferentes dosagens, são atribuídas às interações por diversos mecanismos entre compostos fenólicos e proteínas, sendo essas formadoras da rede de glúten, influenciando diretamente na força da farinha e na capacidade de retenção do gás aumentando o volume dos pães.