Corrupção e governança: relações e impactos no desempenho socioeconômico de municípios paranaenses
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3013 |
Resumo: | Os recentes problemas que os países enfrentam relacionados aos escândalos de corrupção no Brasil e no mundo tem fomentado a ampliação da discussão sobre o tema. Organizações como OCDE e ONU desenvolveram mecanismos para medição e controle dessa prática, baseados na transparência e no controle. Tendo em vista o fato de a governança estar relacionada também a controle e a transparência, há então uma sobreposição teórica entre corrupção e governança. Existem ainda diversos estudos que vinculam os impactos socioeconômicos nas regiões atrelados à prática de corrupção. Neste sentido, este trabalho se propõe a analisar em que medida o nível de governança e de corrupção impactam no desempenho socioeconômico dos municípios paranaenses com base no ano de 2016, a partir de três hipóteses a serem testadas: H1: Existe relação negativa entre corrupção e governança nos municípios paranaenses. Ou seja, quanto maior a governança menor a corrupção; H2: Existe impacto positivo da governança e negativo da corrupção no desempenho socioeconômico dos municípios paranaenses; H3: Existe a regionalização da corrupção e governança com base nas características dos índices municipais. Para entender os objetivos e hipóteses propostas, foram realizadas duas fases de análises, divididas em três etapas cada. Na 1ª fase foi realizada uma regressão múltipla com dados em painel, utilizando como medida de corrupção o indicador criado e denominado Fator ICM, por meio de uma análise fatorial contendo o EBT da CGU e a lista de agentes com contas reprovadas pelo TCE-PR com dados de 2016, como medida de governança o ICM-CFA com dados de 2016, e como medida de desempenho socioeconômico o Índice de Gini com dados de 2010, porém o modelo não se mostrou adequado aos dados. Em seguida foi desenvolvida uma análise discriminante, com as mesmas variáveis, que apontou a existência de regionalização da corrupção com uma adequação de aproximadamente 54%, confirmando a H3. Tendo em vista que o resultado da 1ª fase não atendeu todos os objetivos e hipóteses propostas, foi desenvolvida a 2ª etapa de análise, por meio da construção do Índice de Corrupção Geral Municipal, utilizando como base o Índice de Corrupção Geral de Boll (2010) que possui valores estaduais, substituindo o valor de orçamento pela receita municipal, uma vez que se mostrou necessária a construção de um indicador que contemplasse critérios econômicos e financeiros em sua composição. Em seguida foi realizada uma nova regressão com dados em painel, utilizando o ICGM, os indicadores das dimensões do IGM-CFA e o IDH com dados de 2010, que confirmou H1 e H2, ao apresentar uma correlação negativa entre Corrupção e governança, e um impacto no IDH negativo pela corrupção e positivo pela governança. Quanto à regionalização da corrupção, realizou-se novamente a análise discriminante, em que a mesma se mostrou inadequada para os dados e modelo proposto. Por fim, realizou-se uma classificação pelo Método Genebrino que demonstrou que as regiões paranaenses possuem características similares e níveis entre bom e ótimo, tanto para desempenho quanto para corrupção, corroborando os estudos até o momento realizados. |