Adaptabilidade e estabilidade de variedades crioulas de feijão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Machado, Adrielly Buratto lattes
Orientador(a): Domingues, Lucas da Silva lattes
Banca de defesa: Henning, Liliane Marcia Mertz lattes, Domingues, Lucas da Silva lattes, Danner, Moeses Andrigo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5419
Resumo: No Brasil, o cultivo do feijão é submetido a diferentes condições edafoclimáticas, resultando em diferentes desempenhos dos genótipos, influenciadas pelas variações ambientais, resultando na redução de potencial produtivo. Além disso, devido ao processo de melhoramento genético, muitas variedades comerciais de feijão apresentam diferentes respostas a diferentes condições edafoclimática, condição menos propícia em ocorrer em variedades crioulas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a interação genótipo x ambiente e a adaptabilidade e estabilidade de 30 variedades crioulas de feijão no município de Dois Vizinhos-PR. O estudo realizou-se através da análise dos dados de produtividade de ensaios conduzidos na área experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois Vizinhos (UTFPR-DV). Avaliou-se 30 variedades crioulas de feijão em oito safras de cultivo, 1) Safrinha 2015, 2) Safra 2015/2016, 3) Safrinha 2016, 4) Safra 2016/2017, 5) Safrinha 2017, 6) Safrinha 2018, 7) Safra 2018/2019 e 8) Safrinha 2019, onde cada safra representou um ambiente, totalizando oito ambientes. O delineamento experimental utilizado foi de blocos inteiramente casualizados, com três repetições por tratamento. Ao final do ciclo de cada variedade na safra correspondente, realizou-se a colheita manual dos grãos. A produtividade total foi obtida quantificando-se a massa total de grãos da parcela e o resultado extrapolado para kg ha-1, corrigindo a umidade para 13%. Os resultados de produtividade foram submetidos à análise de variância, considerando os fatores genótipos, ambiente e a interação G x A. Realizou-se análises complementares para a decomposição da Interação G x A através da realização da estratificação ambiental e avaliação da adaptabilidade e estabilidade fenotípica pelos métodos de Lins e Binns modificado por Carneiro, de Eberhart e Russel, de Cruz, Torres e Vencovsky, e de Análise dos efeitos principais aditivos e da interação multiplicativa-AMMI. O método de Cruz, Torres e Vencovsky classificou os ambientes 1, 4, 6 e 7 como favoráveis, os quais correspondem a dois ambientes de Safra (ambientes 4 e 7), e dois ambientes de Safrinha (ambientes 1 e 6). O método de Lin e Binns classificou como favoráveis os ambientes 1, 6 e 7, e por fim, o método de análise AMMI considerou favorável apenas o ambiente 8. Os ambientes 6 (safrinha 2018) e 4 (Safra 2016/17) foram os que apresentaram maiores médias de produtividades, enquanto o ambiente 8 (Safrinha 2019), apresentou a menor média. A variedade Carioca Rosa foi a mais estável, seguida das variedades Pardinho Mineiro, Carioca Siriri e Pombinho, pelo método de Cruz, Torres e Vencovsky. Serrana Vagem Branca foi a que apresentou maior média de produtividade entre os ambientes avaliados, assim como apresentou maior número de ambientes com maior média produtiva. As variedades Serrana Vagem Branca e Gralha MST foram classificadas como de ampla adaptação e de maior estabilidade pelo método de Lin e Binns. Os métodos de análise não apresentaram resultados semelhantes, as metodologias de Eberhart e Russel e Cruz, Torres e Vencovsky foram pouco concordantes em relação a indicação de comportamento dos genótipos.