Potencial do óleo de Aloysia citriodora Palau no controle de fitopatógenos e na indução de resistência ao tombamento de plântulas de feijão, pepino e beterraba
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1611 |
Resumo: | Os cultivos agrícolas são acometidos por pragas e doenças que diminuem sua produtividade. Dentre as doenças está o tombamento de plântulas que pode ocorrer em pré e pós-emergência. Nas culturas de feijão, pepino e beterraba o tombamento é ocasionado por diversos patógenos, mas principalmente por fungos fitopatogênicos. Várias medidas são utilizadas para o controle deste tipo de doenças e dentre estas, está o tratamento de sementes com fungicidas químicos. No entanto, a sociedade tem cada vez mais se preocupado com a qualidade dos alimentos e com a contaminação ambiental, gerando uma busca por produtos menos agressivos ao homem e ao ambiente. O uso de óleos essenciais para o controle de fitopatógenos é um exemplo de alternativa testada pela ciência, na busca de tecnologias menos agressivas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial do óleo de Aloysia citriodora no controle de fitopatógenos e na indução de resistência ao tombamento de plântulas de feijão, pepino e beterraba. Esta tese foi dividida em quatro capítulos, sendo o primeiro introdutório e os demais abordando o patossistema Pythium sp. em feijoeiro, Sclerotinia sclerotiorum em pepino e Fusarium sp. em beterraba. A metodologia utilizada consistiu na realização de quatro experimentos em cada patossistema, sendo o trabalho todo realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Dois Vizinhos. No primeiro experimento avaliou-se o efeito fungistático e fungicida do óleo essencial de A. citriodora em meio BDA in vitro, no crescimento micelial dos patógenos estudados. No segundo experimento avaliou-se o efeito in vitro de concentrações de óleo essencial de A. citriodora, em meio BD em lâminas de microscopia, na germinação de esporângios de Pythium sp. e de conídios de Fusarium sp. e em placas de Petri com meio BDA, no índice de velocidade de germinação de escleródios de S. sclerotiorum. No terceiro experimento, avaliou-se por meio de teste de germinação em rolo de papel (RP), o efeito do uso de concentrações de óleo essencial de A. citriodora no tratamento de sementes de feijão, pepino e beterraba. As variáveis utilizadas para avaliar este experimento foram a porcentagem de germinação, vigor, massa verde média por plântula e comprimento médio de plântulas. No quarto experimento avaliou-se o efeito do tratamento de sementes de feijão, pepino e beterraba, com concentrações de óleo essencial de A. citriodora, semeadas em substratos contaminados com seus subsequentes patógenos estudados, Pythium sp., S. sclerotiorum e Fusarium sp. Neste experimento, utilizaram-se as seguintes variáveis: porcentagem de emergência, porcentagem de tombamentos de plântulas de pós-emergência, massa verde média por plântula, comprimento médio por plântula e análises bioquímicas. As análises bioquímicas dos tecidos vegetais avaliados foram as seguintes: teor de proteínas, atividade enzimática de peroxidases, fenilalanina amônia-liase (FAL), quitinases e β-1,3-glucanases. Os resultados obtidos in vitro, demonstram que o óleo essencial possui efeito fungistático e fungicida no crescimento micelial e na germinação de esporângios, conídios e escleródios dos patógenos estudados no presente trabalho, o que pode estar relacionado aos seus principais componentes, citral e limoneno. O óleo também apresenta baixa fitotoxidez às sementes das espécies estudadas, em feijão diminuiu apenas a germinação na maior dosagem estudada (0,25%), em pepino também na maior dosagem (0,25%) reduziu o comprimento de plântulas e em beterraba não houveram efeitos negativos às plântulas. No experimento em substrato contaminado com os patógenos, o uso de óleo essencial: aumentou a germinação e diminuiu os tombamentos de plântulas de feijoeiro; na concentração de 0,0625% diminuiu os tombamentos de pós-emergência em pepino. Nas análises bioquímicas constatou-se aumento da atividade enzimática de peroxidases e β-1,3-glucanases em feijoeiro, aumentou a atividade enzimática de peroxidases e glucanases em pepino e aumentou a atividade enzimática de peroxidases em beterraba, demonstrando dessa forma ação do óleo na indução de resistência ao tombamento de plântulas. |