Indícios da modernidade em Angústia de Graciliano Ramos e Memórias do subsolo de Fiódor Dostoiévski

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Valandro, Ana Paula
• Orientador(a): Ruffini, Mirian
• Banca de defesa: Ribeiro, Ivan Marcos , Stankiewicz, Mariese Ribas , Fioruci, Wellington Ricardo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Pato Branco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Ramos, Graciliano, 1892-1953; Dostoiévski, Fiódor, 1821-1881; Literatura - Análise; Literatura comparada; Modernidade; Isolamento social na literatura; Literature - Analysis; Literature, Comparative; Modernity; Social isolation in literature
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
• Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28918

Esta pesquisa é uma análise comparativa entre os romances Angústia, de Graciliano Ramos e Memórias do Subsolo, de Fiódor Dostoiévski. Apesar da distância física e temporal entre as duas publicações na Rússia e Brasil, a pesquisa comparativa é essencial para a compreensão do ser humano moderno. Além disso, a modernidade é fenômeno indispensável que conecta os protagonistas Luís da Silva e o homem do subsolo. Em vista disso, o objetivo principal da pesquisa é identificar os aspectos modernos presentes na cosmovisão dos protagonistas dos romances. Os demais objetivos são (a) cotejar os contextos históricos e políticos da Rússia e do Brasil, bem como a atuação literária de Dostoiévski e Graciliano Ramos naquele período, segundo apontamentos de Frank (2002), Coutinho (1978) e Bakhtin (2018); (b) compreender o processo de maturação do fenômeno moderno com base no estudo de sociólogos, em específico Zygmunt Bauman (2001), Berger e Luckmann (2012), Anthony Giddens (1991), Stuart Hall (2006) e Marshall Berman (2007); (c) analisar a relação entre os protagonistas das obras com a modernidade, utilizando os parâmetros da intertextualidade no campo da Literatura Comparada, com base nas teorias de Carvalhal (2006), Nitrini (2010), Guillén (1994), Coutinho (2014) e Hutcheon (1991). Tal investigação assume que os protagonistas de Angústia e Memórias do Subsolo mantém determinada relação com a configuração do indivíduo moderno. As obras merecem análise literária aprofundada, pois podem revelar a impossibilidade de conexão com o Outro em sociedade, à medida em que valores egoístas permeiam o contexto moderno.