Indicadores de eficiência em propriedades de bovinocultura leiteira na região extremo oeste de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ramon, Jonas Marcelo lattes
Orientador(a): Skonieski, Fernando Reimann lattes
Banca de defesa: Cericato, Alceu lattes, Skonieski, Fernando Reimann lattes, Ziech, Magnos Fernando lattes, Costa, Olmar Antonio Denardin lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28835
Resumo: Poucas empresas rurais leiteiras fazem controles gerenciais, devido ao número reduzido de métodos de controle práticos e eficientes disponíveis e que se adaptam a realidade das propriedades. Assim, existe a necessidade de analisar a viabilidade e os indicadores de eficiência mais importantes da produção de leite. Essa pesquisa tem por objetivo desenvolver e avaliar um sistema prático e eficiente de gestão leiteira. A pesquisa foi realizada em quinze propriedades rurais caracterizadas como unidades de produção familiar com atividade leiteira predominante, típicas entre os sistemas de produção de leite da região. Essas propriedades estão localizadas em quatro municípios que fazem parte da área de abrangência da Gerência Regional da Epagri de São Miguel do Oeste e são assistidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, no extremo oeste catarinense. Durante a pesquisa foram desenvolvidas planilhas que contemplaram o patrimônio, despesas e receitas, controles leiteiros e indicadores do leite para obter vinte e seis indicadores de eficiência. Após a coleta mensal e compilação dos dados obtidos no período de 12 meses, entre janeiro e dezembro do ano de 2020, foi feita análise comparativa dos dados e definição dos indicadores de eficiência que são responsáveis pelos resultados e obtenção da maior margem bruta por hectare e por ano. No indicador percentual anual de retorno sobre o capital investido, a média de retorno ficou em 3,62% ao ano, sendo que somente três propriedades atingiram a meta proposta de ser superior a 6%; em relação ao custo operacional por litro produzido, o custo médio foi de R$ 1,58 por litro e apenas seis propriedades atingiram a meta que é de ter o custo inferior a R$ 1,50, essas com alimentação baseada em pastagens; já no indicador litros produzidos por mês por quilogramas de peso vivo das vacas lactantes, a média foi de 1,16 litros por quilo de peso, 12 propriedades ficaram acima da meta de mais de um litro produzido por quilo; para o indicador litros produzidos por hectare e por ano, a média foi de 13.903,88 litros produzidos, apenas cinco propriedades atingiram a meta proposta de mais de 15.000 litros de leite por hectare e por ano; e, no indicador litros vendidos por pessoa e por dia, a média obtida foi de 213 litros por pessoa, sendo que somente quatro propriedades atingiram a meta que é de mais de 300 litros por pessoa. A bovinocultura leiteira apresenta margem bruta anual positiva em todas propriedades analisadas, o que denota viabilidade econômica pelo menos no curto prazo, porém, graças ao baixo retorno pelo capital investido e baixa margem bruta por hectare da maioria, a tendência é descapitalização e inviabilidade econômica no médio e longo prazos, se a mesma condição persistir. Porém, a atividade leiteira é tecnicamente viável, visto que é possível produzir forragem durante ano todo e obter alta produção animal, desde que aumente o número de vacas lactantes por hectare e por pessoa, tornando a bovinocultura de leite uma das atividades mais competitivas sobre o uso eficiente do solo, capital e mão de obra, quando a atividade for bem gerida.