Gestão de custos na agricultura familiar na cidade de Ponta Grossa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fonseca, Maria Helena da lattes
Orientador(a): Bittencourt, Juliana Vitoria Messias lattes
Banca de defesa: Raiher, Augusta Pelinski, Canteri, Maria Helene Giovanetti, Picinin, Claudia Tania, Bittencourt, Juliana Vitória Messias
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3026
Resumo: A gestão em empreendimentos rurais é importante devido ao auxílio para o desenvolvimento sócio-econômico, possibilitando um crescimento e uma organização nas funções administrativas e produtivas, possibilitando que os agricultores consigam fazer uma gestão do seu negócio, definindo os custos gastos com a produção, podendo formular um preço de venda adequado, auxiliando-o no planejamento e na tomada de decisão. Este trabalho tem como objetivo determinar quais são os elementos utilizados para a formação da gestão de custos na agricultura familiar. Para realizar a pesquisa foram aplicados questionários em uma associação de agricultura ecológica e familiar, localizada na cidade de Ponta Grossa, composta por sete agricultores familiares produtores de orgânicos que possuem uma certificação por auditoria, emitida pela Associação de Certificação Instituto Biodinâmico - IBD. Como resultados, pode-se constatar que os canais de venda, mais utilizados pelos agricultores familiares produtores de orgânicos, são os programas do governo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e o Feira Verde, e que esses agricultores trabalham apenas com a produção de olerícolas e frutas. Metade dos agricultores familiares consideram os elementos da gestão de custos como as taxas envolvidas na certificação e associação, o valor gasto com energia elétrica, água, combustível, materiais indiretos e telefone. É importante destacar que os agricultores realizam um controle de produção em um caderno para apresentar ao IBD, e que também possuem uma caderneta para anotação dos gastos gerais, isso significa que estes agricultores familiares realizam uma forma de gestão na propriedade ainda que rústica. Embora os associados não possam negociar os preços dos alimentos entregues aos programas governamentais, estes programas são responsáveis pela compra de grande quantidade dos alimentos orgânicos produzidos, possibilitando que os agricultores possam formular um preço de venda mais adequado nos outros canais de comercialização, tal como a feira local, em que os agricultores podem obter maior lucro apesar das incertezas acerca do volume de alimentos que será negociado. Dessa maneira, conclui-se que a diversificação dos canais de produção é essencial para que os agricultores orgânicos associados da região avaliada consigam negociar toda a sua produção de alimentos orgânicos. Há também um potencial que pode ser explorado e com a aplicação da gestão de custos mais aprimorada essas famílias podem vir a ter um retorno financeiro maior.