Mapeamento do ensino de língua inglesa para alunos surdos em Pato Branco - PR
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3062 |
Resumo: | No Brasil, a inclusão na educação é uma temática de extrema importância a ser discutida, principalmente quando o cenário trata do ensino de língua estrangeira para alunos surdos que não reconhecem o português como sua primeira língua. Considerando tal questão, a presente dissertação teve como objetivo principal realizar um mapeamento do ensino de língua inglesa para alunos surdos, nos Ensinos Fundamental II e Médio da rede pública estadual no município de Pato Branco-PR. Especificamente, intentou-se investigar as relações teórico-práticas na implementação das políticas educacionais inclusivas na educação regular nos Ensinos Fundamental II e Médio de Pato Branco, bem como investigar algumas práticas pedagógicas que poderiam, na opinião dos alunos surdos, ajudar no processo de ensino-aprendizagem na sala de aula de inglês. O desenvolvimento do trabalho baseou-se na exploração de documentos oficiais (BRASIL, 1998; e PARANÁ, 2008; entre outros) e leis (Lei nº 10.436/2002, Decreto º 5.626, Decreto 4.176 e outros), além de princípios teóricos relacionados ao ensino de língua Inglesa (BARCELOS, 2007; LIMA, 2009), inclusão (CAMPBELL, 2016; MITLER, 2003; STAINBACK, 1999; entre outros), identidade (BHABHA, 1998; HALL, 2001, 2005; MARTINS, 2004; PERLIN, 1998), desenvolvimento humano/aprendizagem e a linguagem (BAKHTIN, 2010, 2016; BENVENISTE, 1988; SAUSSURE, 1999;VIGOTSKY, 1991, 1993, 1998, 2001; VOLÓCHINOV, 2017) e pressupostos teóricos que envolvem a surdez (GESSER, 2009; LOPES, 2007; QUADROS, 2007; SANTANA, 2007, SKILIAR 2010, entre outros). A pesquisa configurou-se como qualitativa etnográfica interpretativa (CLARETO 2003; MAANES, 1979; MOITA LOPES, 1994; MOREIRA, 2008), sob a perspectiva teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2006, 2012). Os instrumentos de coleta e geração de dados foram levantamento de bibliografias relacionadas ao tema, observação de vinte e nove horas-aula de inglês e questionário aplicado aos participantes da pesquisa. Cinco alunos surdos matriculados na rede estadual de ensino (Ensino Fundamental II e Ensino Médio), em 2017, do município supracitado foram os participantes da pesquisa. Os dados foram tratados pela análise de conteúdo, nas categorias de vozes, índice de pessoa e modalizações. Os resultados da investigação permitiram identificar que: a) há lacunas entre a legislação e a sua aplicação prática; e b) há vários fatores que comprometem o ensino-aprendizagem de língua inglesa para surdos, dentre os quais a necessidade de adaptar recursos didáticos que envolvam mais o campo visual, já que, por falta da audição, uma das características sensoriais bastante desenvolvidas pelos surdos é a sensibilidade perceptiva visual. Por fim, acreditamos que as práticas-pedagógicas sugeridas pelo estudo, somadas a outras existentes oriundas de outros estudos, podem contribuir significativamente para o avanço da qualidade da inclusão no processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa para alunos surdos. |