Reação de genótipos de milho à mancha ocular e caracterização do agente causal
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/270 |
Resumo: | A investigação da mancha ocular do milho foi baseada no seu agente causal e na elaboração de uma escala diagramática da doença que auxiliou na avaliação da sensibilidade dos genótipos de milho, correlacionada com a resposta de defesas bioquímicas da planta. Na primeira etapa do trabalho, 35 isolados de Kabatiella zeae, de diferentes materiais genéticos de milho, foram avaliados quanto à coloração e aspecto das colônias e mensuração dos esporos do fungo em BSA. Os meios de cultura utilizados foram BSA (batata, sacarose e ágar), MA (malte e ágar), AvA (aveia e ágar) e FA (fubá de milho e ágar). Discos de 5 mm de diâmetro, foram colocadas no centro das placas contendo os respectivos meios de cultura. As placas foram incubadas a 24° C com fotoperíodo de 12 horas , por 10 dias. As características das colônias e mensuração dos conídios foram avaliadas em BSA, e o crescimento radial, nos quatro meios. Houve diferença entre todos os isolados em relação aos meios de cultura. Observou-se que a dimensão dos esporos variou de 3- 4 x 27-33 μm, de largura e comprimento, respectivamente, e que 80% dos isolados apresentaram coloração clara (rosa) e aspecto coreáceo e enrugado, e o maior crescimento micelial foi observado no meio BSA. A escala diagramática foi desenvolvida coletando-se 110 folhas doentes, aleatoriamente no campo, eliminando-se 20 cm da extremidade, sendo utilizados os 20 cm seguintes. Foi mensurada a área foliar e área das lesões para determinação dos limites de severidade mínima e máxima da doença, e os níveis intermediários calculados matematicamente. Os níveis de severidade observados em campo seguiram incrementos logarítmicos, representando: 0,9; 2,0; 4,0; 9,0; 18,0; 32,0 e 51,0% da área foliar lesionada. A validação da escala consistiu-se em duas etapas: na primeira, 10 avaliadores, com experiência na avaliação de doenças em plantas, avaliaram 30 folhas com diferentes níveis de severidade, com e sem o uso da escala diagramática. Na segunda etapa, outros 10 avaliadores, sem experiência, fizeram as mesmas avaliações, com e sem uso da escala diagramática. Por meio de regressão linear, foram confrontados valores de severidade reais e estimados, sendo analisadas a acurácia e a precisão dos avaliadores. Constatou-se melhora na acurácia e na precisão das estimativas visuais efetuadas com o auxílio da escala diagramática. A reação de genótipos de milho à mancha ocular foi avaliada no município de Pato Branco-PR na safra 2006/2007, com 33 híbridos e na safra 2007/2008, com 10 híbridos em duas épocas de semeadura e no município de Palma Sola-SC, na safra 2007/2008 com 8 híbridos. Os híbridos AG 9020 e SPRINT apresentaram maior suscetibilidade à doença, em relação à AS 1565 e DKB 234, repetindo este comportamento nos dois locais e épocas de cultivo. A enzima peroxidase foi observada em maior concentração nas folhas dos híbridos de milho com menor severidade de mancha ocular. |