Membrana amniótica descelularizada como substituto dérmico no processo de regeneração de queimaduras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Doi, Songila Maria da Silva Rocha lattes
Orientador(a): Bassan, Julio César lattes
Banca de defesa: Bassan, Julio César, Francisco, Julio Cesar, Barros, Frieda Saicla
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2017
Resumo: A queimadura de 3º grau é um dos maiores traumas a que um ser humano pode ser submetido e em geral são as lesões mais frequentes na população mundial, tratando-se de um importante problema de saúde pública. Pensando neste problema, observou-se que a utilização da membrana amniótica (MA) pode ser o melhor tratamento que esses pacientes possam receber. Ela atua em benefício da epitelização, facilita a migração e a adesão das células epiteliais basais, a matriz estromal possui inibidores de proteases que previne a apoptose e restaura o fenótipo epitelial, antibacteriana do córion e âmnion, além de proteger a ferida e atuar na redução da dor. A descelularização, trata-se da retirada de todas as células e núcleo da MA utilizada, como forma de se evitar qualquer tipo de histoincompatibilidade. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do uso da membrana amniótica descelularizada (MAD) no tratamento de queimaduras de 3o grau em humanos, testada em ratos da linhagem Wistar. Trata-se de uma pesquisa descritiva, a qual investiga fundamentalmente a especificação e a disposição de dados acerca dos resultados obtidos a partir de um processo regenerativo de queimaduras utilizando-se a MAD. A amostra foi constituída de constituída por 20 ratos machos adultos da linhagem Wistar, dividida em 2 grupos (n=10): grupo controle (GC)–sem MA e grupo transplantado–com MA (TMAD). Os dois grupos foram submetidos a um processo padronizado de queimadura térmica, sendo retiradas duas amostras de tecido para análise, no 14º dia e no 30º dia. As amostras foram analisadas com o emprego de técnicas anatomopatológicas onde foram montadas em lâminas fragmentos de MA corados com solução Hematoxilina Eosina (HE) e, para análise histomorfométrica,as lâminas foram coradas com picro sirius red sob luz polarizada para verificação da descelularização e quantificação de colágeno do tipo I, II e III. As imagens foram quantificadas utilizando o programa Image Pro Plus®, versão 5.0 para Windows®. Os dados estatísticos foram analisados utilizando o programa computacional SSPS v.21.0. Observou-se um aumento significativo da quantificação de colágenos do tipo III no 14º dia no grupo TMAD em relação ao GC, do colágeno do tipo II no 14º e 30º dia comparado ao GC e do colágeno tipo I no 14º e 30º dia, mostrando que a utilização da MA foi eficaz no grupo TMAD. Concluiu-se que a MAD, aplicada topicamente, demonstrou eficácia no processo cicatricial em queimaduras de 3º grau. Esperava-se que a mesma promovesse a aceleração de cicatrização dos ferimentos, mas, o que se observou ao término do trabalho é que a MAD não só promoveu a cicatrização como foi mais eficiente no processo de regeneração dos tecidos lesados.