O problema da representação do real em Todos os nomes de José Saramago
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4973 |
Resumo: | Este estudo de dissertação pretende analisar o romance de José Saramago, Todos os Nomes, publicado em 1997, considerando o contexto filosófico e político global no momento dessa publicação, tendo em vista que esta obra faz parte de uma fase em que Saramago deixa de dar ênfase a episódios históricos determinados com suas re(des)construções literárias e passa a abranger, principalmente, a conjuntura humana como um todo. Nesse sentido, este estudo consistirá numa análise que pretende identificar a linguagem como a grande questão do escritor português nesta fase finissecular da sua produção. Situaremos a análise numa perspectiva pós-modernista, visando a descontrução de discursos e textos a que nos levam obras que refletem sobre a própria linguagem, portanto, metaficção será um elemento bastante contemplado. Pretendemos nos concentrar nas alegorias que o Saramago constrói para abordar as questões da linguagem como elemento para a construção social de sentido e ver como e por que, em certas alturas as constrói no plano do insólito. Diante disso, buscaremos as influências que Saramago tem e admite para imprimir esse caráter à sua obra. Considerando esses elementos, pretendemos afirmar que, em Todos os Nomes, Saramago faz um prenúncio do que viria a seguir ao fim do século, pois parece ensejar a noção de pós- verdade, conceito que só entraria, de fato, no centro das discussões políticas e filosóficas quase duas décadas mais tarde. No corpus dessa análise, autores que merecem destaque são: Ana Paula Arnaut, Maria Alzira Seixo, Horácio Costa, Teresa Cristina Cerdeira da Silva, Leyla Perrone-Moisés, Miguel Alberto Koleff, Jacques Derrida, Jean-François Lyotard, Michel Foucault, Linda Hutcheon, Fredric Jameson, entre outros. |