Eletrocoagulação seguida de filtração direta para tratamento de efluente de suinocultura
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24767 |
Resumo: | A vigência de políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável dos países resultou em mudanças importantes no processo de descarte consciente dos efluentes industriais. No âmbito das agroindústrias, as que que realizam o abate de suínos ganham destaque, uma vez que esses dejetos são ricos em matéria orgânica e carga microbiana que, quando não tratados, representam um problema econômico e ambiental devido sua alta toxicidade, elevado potencial de poluição das águas e constante ameaça à saúde pública. Dentre os diversos métodos de tratamentos de efluente, o uso da eletrocoagulação (EC) apresenta-se como uma alternativa por ser uma técnica diversificada e pela eficiência na remoção de diversos poluentes orgânicos ou inorgânicos. Assim, objetivou-se verificar se o processo de eletrocoagulação com a utilização de eletrodos de alumínio e ferro seguido de filtração direta em areia pode vir a ser uma tecnologia eficaz e eficiente para o tratamento de efluentes provenientes da suinocultura. Os tratamentos envolveram a realização da EC seguida da filtração. Na primeira etapa, a EC foi realizada em diferentes condições de pH variando de 5,12 a 11,17 (ácido - 5,12, neutro - 8,17 e básico - 11,17) e tempos (20,40 e 60 minutos) além da análise de dois tipos de eletrodos (alumínio e ferro). A segunda etapa baseou-se na realização da filtração direta do efluente tratado, utilizando-se filtros de areia de granulometria entre 0,4 e 0,85mm. Após os ensaios foram analisados os parâmetros: cor aparente, turbidez, pH, Demanda Química de Oxigênio (DQO), nitrogênio total, condutividade elétrica, sólidos totais (ST) e os metais alumínio, ferro, cobre e zinco. As amostras e suas réplicas foram submetidas ao planejamento experimental, baseando-se na variação de duas variáveis (tempo e pH) em 3 níveis, somando um total de 9 ensaios para cada eletrodo e pH a ser estudado, totalizando 54 ensaios. Quanto aos resultados, obteve-se uma eficiência global para cor aparente, turbidez, N-amoniacal, DQO, ST de 91%, 87%, 28%, 11% e 38%, respectivamente, para o efluente com pH neutro (8,17); 65%, 70%, 75%, 79% para pH básico (11,17) e 99%, 99%, 67%, 86% e 33%, respectivamente, para pH ácido (5,12). Estatisticamente, para um nível de significância de p=0,05, a alteração do pH foi significante, porém do tempo não, sendo o pH ácido o que apresentou melhora nos resultados. Quando avaliado a presença de metais após o tratamento do efluente, foi possível notar que mediante o tratamento por eletrocoagulação com a utilização de ambos os eletrodos (alumínio e ferro) nenhum metal analisado foi detectado durante as análises. Conclui-se que o tratamento proposto se mostrou parcialmente eficaz, uma vez que mesmo após o tratamento com eletrocoagulação e da filtração direta como pós tratamento ainda foi detectado no efluente final concentrações remanescentes de nitrogênio amoniacal superior à aceitável na legislação ambiental, bem como concentrações elevadas de matéria orgânica e sólidos totais, sendo evidenciado assim a importância do pós tratamento e a necessidade da inclusão do tratamento de polimento para que o efluente tratado da maneira proposta possa ser recomendado a uso. |