A Esquerda experimentalista: análise da teoria política de Unger

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Teixeira, Carlos Sávio Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-07122009-144805/
Resumo: Esta tese estuda a teoria política de Roberto Mangabeira Unger. Parte da premissa de que a esquerda experimenta hoje o seu pior momento histórico desde quando emergiu como movimento político informada teoricamente pelas idéias de Karl Marx e Friedrich Engels. Uma das explicações a ser desenvolvida nela é a de que esta situação é resultado de uma compreensão equivocada de como se organizam e de como ocorrem as transformações estruturais nas sociedades modernas (Capítulo 1). Essa circunstância intelectual resultou no descuido e na fraqueza com que essa tradição política e intelectual lidou com a questão das instituições (Capítulo 2). Sustenta que a teoria política produzida por Roberto Mangabeira Unger, em especial o seu conceito de experimentalismo, é um esforço promissor, no interior do pensamento progressista, de abordar a temática das instituições em uma direção que ajuda a esquerda a renovar suas desgastadas energias (Capítulo 3). Conclui que, a despeito do capitalismo ter como característica principal a proliferação de profundas divisões de classes e enormes desigualdades e exclusões que incapacitam e humilham a maioria da humanidade, ele não é o maior problema das sociedades contemporâneas. O seu maior problema é a incapacidade de imaginar os instrumentos institucionais e práticos com que superar essa situação de bloqueio e injustiça. A separação entre a crítica e a imaginação programática transformou a primeira em protesto e denúncia impotentes, desperdiçando oportunidades, disseminando desesperança e cultivando frustração.