Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Santos, Mariana Venâncio dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-20102015-093528/
|
Resumo: |
A Senna occidentalis, popularmente conhecida por fedegoso, é uma planta utilizada em várias culturas ao redor do mundo como alimento e como fitofármaco contra várias doenças em seres humanos, enquanto em medicina veterinária há relatos de intoxicações espontâneas em animais de produção, como, bovinos, equinos e suínos. A toxicidade dessa planta é atribuída à diantrona, princípio ativo encontrado em maior concentração nas sementes da planta, que promove o desacoplamento da fosforilação oxidativa mitocondrial, causando dano celular. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os possíveis efeitos tóxicos, em particular, os neurotóxicos causados pela exposição oral a diferentes concentrações (1, 2, 3 e 4%) de sementes de S. occidentalis na ração, durante 28 e 90, em ratos Wistar machos e fêmeas. Essas avaliações foram embasadas nos protocolos da OECD 407, 408 e 424. Foram avaliados: consumo de água e de ração; peso corpóreo; sinais clínicos de toxicidade (atividade geral, frêmito vocal, irritabilidade resposta ao toque, aperto de cauda, reflexo auricular, reflexo corneal e piloereção); comportamento no Campo Aberto, no Labirinto em Cruz e o Reconhecimento de Objetos; parâmetros hematológicos, bioquímicos séricos e exame anatomopatológico. Os resultados do estudo da exposição por 28 dias mostrou: redução de peso corpóreo apenas em fêmea do grupo 4%; presença de piloereção em machos e fêmeas do grupo 4%; no Campo Aberto redução da locomoção e aumento de grooming em fêmeas dos grupos 2 e 4%; no labirinto em cruz elevado redução da porcentagem de tempo nos braços abertos (%TBA) no grupo 1% e da avaliação de risco nos grupos 1, 2 e 4% em machos, enquanto em fêmeas apenas redução da %TBA no grupo 1%. No estudo de 90 dias observou-se: óbitos de animais dos grupos 3 e 4%, redução de peso corpóreo em fêmeas (6ª semana de exposição) e em machos (9ª semana de exposição); presença de piloereção em fêmeas (63º dia de observação) e em machos (70º dia de observação); no Campo Aberto redução da locomoção e aumento de grooming em fêmeas dos grupos 2 e 4%; no Labirinto em Cruz Elevado redução de %TBA no grupo 1% e na avaliação de risco em machos dos grupos 1 e 2%, enquanto em fêmeas houve apenas redução do %TBA no grupo 1%. Em relação aos parâmetros hematológicos, bioquímicos e anatomopatológicos, a exposição a S. occidentalis não causou alterações significantes entre os grupos. Esses resultados, em conjunto, mostraram que a exposição a diferentes concentrações das sementes de S. occidentalis na ração de ratos por 28 e 90 dias foi capaz de causar toxicidade caracterizada pela ocorrência de óbitos, redução de peso corpóreo e piloereção, bem como promoveu um estado comportamental sugestivo de ansiedade, sendo esses efeitos concentração-dependente, tempo- dependente, e sugerindo ser as fêmeas mais susceptíveis |