Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Vanessa Anastacio da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-03122013-162045/
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Resumo: |
A Senna occidentalis (sinônimo Cassia occidentalis) é uma planta amplamente utilizada pela população para fins medicinais, embora esteja associada a casos de intoxicação humana e animal. Por isso, além de ser considerada um problema de saúde pública, é tida também como uma planta tóxica de interesse pecuário. Sua toxicidade é atribuída à diantrona, uma quinolona, cujo mecanismo de ação tóxico se deve ao desacoplamento da fosforilação oxidativa mitocondrial, promovendo dano mitocondrial especialmente nos órgãos com maior demanda de oxigênio. O objetivo deste trabalho foi estudar, em ratos, os possíveis efeitos tóxicos causados pela exposição à Senna occidentalis durante o período de gestação. Para tanto, 36 fêmeas prenhes foram divididas em 5 grupos, que foram tratados do 6º ao 20º dia de gestação (período de organogênese e de desenvolvimento fetal) com 1%, 2%, 3% e 4% de sementes da planta na ração; o grupo controle recebeu a ração normal do laboratório. A escolha dessas concentrações foi embasada em estudos prévios de toxicidade subaguda em ratos, que mostraram efeito dose-dependente. Durante o período de gestação foram avaliados o peso corpóreo e o consumo de ração e água das fêmeas. Após o nascimento, os filhotes foram analisados quanto ao número de vivos e mortos e para a detecção de possíveis malformações externas. Foi avaliado também o desempenho reprodutivo e o comportamento materno das fêmeas. Com relação à prole, observou-se o seu desenvolvimento físico e de reflexos, bem como atividade geral no campo aberto, comportamento de brincar, labirinto em cruz elevado e labirinto em T. Os resultados do presente estudo mostraram diminuição no ganho de peso das ratas tratadas com 2%, 3% e 4% da planta na ração, além de diminuição no consumo de ração, prejuízo no desempenho reprodutivo e sinais de intoxicação em ratas do grupo de 4%. Ratas tratadas com 2% de S. occidentalis na ração apresentaram prejuízo no comportamento materno. Ainda, houve adiantamento para o aparecimento de pelos e erupção dos dentes incisivos em filhotes do grupo de 1%, bem como adiantamento para o desenvolvimento do reflexo de geotaxia negativa e para a perda do reflexo de preensão palmar em filhotes dos grupos de 3% e 1% respectivamente. Estes resultados indicam que a exposição à S. occidentalis durante a gestação causou toxicidade materna acompanhada de prejuízo no comportamento materno e alteração no desenvolvimento físico e reflexológico da prole destas ratas. |