Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Volpon, Leila Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-07022014-213147/
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Resumo: |
A disfunção renal é uma complicação comum associada a desfechos clínicos negativos em pacientes pediátricos gravemente doentes. Na prática clínica, a medida de creatinina sérica continua sendo o marcador mais usado e aceito para monitoramento da função renal, embora haja várias limitações relacionadas ao seu uso. A cistatina C é uma proteína de baixo peso molecular que apresenta características ideais para um marcador da taxa de filtração glomerular. Neste estudo, nossos objetivos foram descrever e analisar o perfil epidemiológico dos pacientes pediátricos gravemente doentes com lesão renal aguda (LRA); classificar a gravidade da LRA segundo o critério RIFLEp, verificar sua praticabilidade; e avaliar a utilidade da cistatina C sérica em detectar comprometimento da taxa de filtração glomerular e sua associação com a creatinina sérica nos 2 primeiros dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Para a estimativa da taxa de filtração glomerular, foi medido o clearance de creatinina. No estudo epidemiológico, foram analisados 174 pacientes internados na UTIP. LRA foi diagnosticada em 45% dos pacientes. Idade menor ou igual a 12 meses, escore PRISM maior ou igual a 6, hipotensão arterial, sepse, tempo de circulação extracorpórea maior do que 120 minutos, pressão intra-abdominal maior ou igual a 8 mmHg e subnutrição proteico-calórica foram fatores de risco associados à LRA. A presença de LRA foi associada a piores desfechos clínicos como maior tempo de internação na UTIP e maior tempo de uso de ventilação mecânica. Na alta da UTIP, 41% dos pacientes com LRA mantinham função renal alterada. No estudo da cistatina C, foram envolvidos 122 pacientes. Observamos que, no grupo de pacientes com LRA (41,8%) segundo o critério RIFLEp, as medidas de cistatina C foram significativamente mais altas tanto no momento da admissão na UTIP quanto de 24 a 36 h após. O desempenho da cistatina C como biomarcador na análise da curva ROC (AUC=0,77) e dos valores de eficiência diagnóstica foi melhor do que o da creatinina sérica (AUC=0,65) em pacientes pediátricos gravemente doentes. Concluímos que o critério RIFLEp mostrou-se importante na detecção precoce de LRA em pacientes de risco e que a cistatina C é melhor marcador do que a creatinina sérica para detectar LRA em pacientes pediátricos gravemente doentes. |