Células dendríticas na imunoterapia de glicoblastoma: avaliação da resposta imune e da citotoxicidade de linfócitos T CD8+ isolados de pacientes contra esferóides tumorais autólogos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Torres, Nadia Emely Chauca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
12
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-26112019-164558/
Resumo: Glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor cerebral mais agressivo e maligno e se caracteriza pelo complexo microambiente tumoral (TME) constituído por componentes celulares e não celulares que interagem para sabotar a resposta do sistema imune. Nos últimos anos, a imunoterapia ativa tem surgido como a alternativa para a restauração de tal resposta. Ultimamente, o desenvolvimento de modelos in vitro como os esferóides, tornaram-se numa plataforma interessante para estudar as complexas interações entre o TME e o sistema imune, ajudando assim na otimização de abordagens terapêuticas. Portanto, no presente trabalho, foi avaliado a resposta imune de pacientes submetidos a imunoterapia de células dendríticas e o desenvolvimento do modelo tridimensional in vitro de GBM para o estudo da resposta imune contra o tumor, com enfase no papel das células dendríticas. Assim, tres tipos de esferóides tumorais: homotípicos, heterotípicos e derivados de paciente foram elaborados no intuito de recriar o TME e avaliar o efeito deste sobre as mo-DCs de doadores saudaveis, observando-se que mo-DCs expostas ao TME adotam um fenótipo de pseudomaduração que se reflete na ineficácia para estimular a linfoproliferação de linfócitos alogeneicos. Em paralelo, foi feita a caracterização do infiltrado leucocitario, observando-se que no GBM há predominancia de populações mieloides. Por outro lado, as mo-DCs de pacientes após serem operados e vacinados, mostraram um fenotipo maduro o qual se correlaciona com sua capacidade para estimular a proliferação de linfócitos alogeneicos e com uma boa resposta á imunoterapia, sendo que um dos pacientes houve a regressão total do tumor. Finalmente, linfócitos co-cultivados com mo-DCs expostas ao TME, foram testados para avaliar seu potencial citotóxico contra os esferóides, observando-se a destruição do esferóide após 24h. Em conclusão o presente trabalho mostra a eficácia da imunoterapia com células dendríticas alogêneicas e a riqueza potencial dos esferóides como uma plataforma para o entendimento do TME e sua relação com o sistema imune.