Desenvolvimento e análise da reprodutibilidade de um protocolo de avaliação isocinética do membro superior em indivíduos assintomáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nardim, Heloisa Corrêa Bueno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-07042021-152220/
Resumo: Introdução: A extremidade superior está relacionada a atividades que vão desde tarefas de vida diária até desempenho no esporte. Por isso, formas confiáveis de avaliação quantitativa da força muscular nesse segmento são necessárias para correta interpretação dos resultados obtidos. Objetivo: Analisar a confiabilidade teste-reteste da avaliação isocinética dos movimentos do ombro, cotovelo, antebraço e punho nas velocidades 60º e 120º/s; comparar o pico de torque (PT) entre as velocidades e entre lado dominante e não dominante e analisar a correlação entre a avaliação isométrica de preensão no Biodex(TM) handgrip e no dinamômetro Jamar® em indivíduos assintomáticos. Métodos: O Biodex System 4 Pro(TM) foi utilizado para avaliação isocinética do membro superior e preensão isométrica no Biodex(TM) handgrip, a preensão isométrica também foi avaliada pelo Jamar® analógico. Os participantes foram testados duas vezes com intervalo de 7 dias nas velocidades de 60º/s e 120º/s no modo de contração concêntrica. Os valores de PT foram utilizados para a análise do coeficiente de correlação intraclasse (CCI), erro padrão de medida (EPM) e mínima diferença detectável (MDD). Foi aplicado o teste de Wilcoxon para avaliar diferenças na lateralidade e velocidade e o teste de Spearman (rho) para verificar a correlação entre os instrumentos de preensão (p<=0,05). Resultados: Participaram 33 voluntários assintomáticos com média de idade de 24,7 anos. Excelente confiabilidade (CCI:0,87-0,98) foi encontrada para todos os movimentos e velocidades testadas. O EPM variou de 0,56 à 8,6 e a MDD de 1,5 a 23,8. O lado dominante apresentou maior média de PT que o não dominante na velocidade de 120º/s para adução, rotação interna e rotação externa de ombro; flexão e extensão de cotovelo e extensão de punho. A velocidade de 60º/s apresentou maiores médias de PT que a 120º/s para os movimentos de flexão de cotovelo, extensão de cotovelo e flexão de punho no lado dominante e rotação interna do ombro; flexão e extensão do cotovelo; pronação e supinação do antebraço e flexão do punho do lado não dominante. Foi encontrada forte correlação entre o Jamar® e o Biodex(TM) handgrip para o lado dominante (p<0.01, r=0,88) e não dominante (p<0.01, r=0,91). Conclusão: A avaliação isocinética e de preensão isométrica apresentada podem ser conduzida de maneira reprodutível para as posições e velocidades testadas. Para alguns movimentos, a dominância parece ter influência na velocidade de 120º/s, com valores mais altos de torque no lado dominante. Diferenças podem ser encontradas entre as velocidades com valores médios de pico de torque maiores à 60º/s. Os dispositivos de preensão podem ser utilizados de maneira intercambiável, desde que seguidos a padronização do estudo.