Circulação gerada por ventos anômalos na Plataforma Continental sudeste durante o verão de 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Danilo Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21135/tde-05122019-141121/
Resumo: O verão de 2014, na região sudeste brasileira, foi marcado por períodos com déficits de precipitação e recordes de radiação solar incidente. Atribuiu-se os eventos anômalos a presença de um bloqueio atmosférico na região, que impediu a passagem de sistemas frontais durante todo o verão. Em um único episódio, ventos de nordeste influenciaram a região sudeste por mais de 24 dias seguidos. Utilizando a modelagem numérica, este trabalho procurou compreender como estes eventos podem impactar a circulação costeira, principalmente na plataforma interna e média, da Plataforma Continental Sudeste. Implementou-se o módulo hidrodinâmico do modelo Estuarine, Coastal and Ocean Model (ECOM), forçando a circulação com descarga fluvial reduzida, fluxo de calor, campos termohalinos climatológicos e ventos de reanálise. Identificou-se um pequeno avanço da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) pelo fundo, sendo bloqueado pelo intenso aquecimento das águas da plataforma interna. Com o contínuo estímulo de ventos de nordeste, há ocupação de ACAS em toda a coluna d\'água, na região norte da PCSE, forçando um recuo da Água Tropical (AT). No restante da plataforma, o transporte de Ekman foi identificado como responsável pelo recuo da AT nas camadas superficiais, com um aumento do volume desta massa d\'água em intrusões de subsuperfície. Variações no gradiente de densidade, na plataforma interna, intensificaram a corrente para nordeste entre Cananéia e São Sebastião, aumentando a área de ocupação desta feição na região. Ao norte de São Sebastião, no entanto, há enfraquecimento da corrente devido à divergência junto a costa, causado pelo transporte para o largo da plataforma. Assim, no final do período de bloqueio, a plataforma continental esteve ocupada com Água Costeira (AC) aquecida anomalamente e ACAS, com correntes intensificadas em quase todo o domínio, com mudanças das feições horizontais em áreas específicas.