Nivolumabe em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração, com e sem defeitos de reparo de DNA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Velho, Pedro Henrique Isaacsson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-17102024-150015/
Resumo: Objetivo: Apesar do sucesso dos inibidores de checkpoint imune (ICIs) em diversos cânceres, sua eficácia no câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) é modesta, exceto para um subconjunto de pacientes que experimentam benefícios significativos, e biomarcadores são necessários para identificar esses melhores respondedores. Defeitos na reparação do DNA (DRD), incluindo defeitos na recombinação homóloga (HRD), estão associados a uma maior carga de neoantígenos tumorais. Em nosso estudo, exploramos o potencial desses biomarcadores como preditores de resposta ao ICI nivolumabe. Métodos: Conduzimos um ensaio clínico de fase II, multicêntrico e de braço único, avaliando nivolumabe 240 mg a cada 2 semanas em pacientes com mCRPC pós-docetaxel. DRD e HRD foram avaliados no DNA tumoral circulante (ctDNA). O desfecho primário foi a resposta PSA50. Os desfechos secundários incluíram taxa de resposta objetiva (ORR), sobrevida livre de progressão radiológica (rPFS) e sobrevida global (OS). Um perfil genômico abrangente foi realizado por meio de sequenciamento completo do exoma (WES) de amostras tumorais, juntamente com a avaliação da expressão de PD-L1. Resultados: Entre os 38 pacientes incluídos, DRD foi identificável em 30,5% (11/36) através de ctDNA e/ou análise WES. A taxa geral de resposta PSA50 foi de 10,5% (4/38). A resposta PSA50 e ORR não diferiram significativamente entre pacientes com e sem DRD (18,2% vs. 8%; p = 0,57 e 50% vs. 17,6%, p = 0,27, respectivamente). A mediana de PSA-PFS (1,9 vs. 2,8 meses, p = 0,52) e rPFS (3,4 vs. 5,5 meses, p = 0,7) não foram estatisticamente diferentes entre pacientes com e sem DRD. Eventos adversos de grau 3 foram relatados em 47,3% dos participantes e houve uma morte relacionada ao tratamento. Conclusão: Nivolumabe tem atividade clínica em um subconjunto de pacientes com mCRPC, no entanto, DRD e HRD identificados por ctDNA e WES não foram preditores de resposta. Esses resultados destacam a necessidade de identificar novos biomarcadores para determinar mais precisamente os pacientes com mCRPC que podem responder aos ICIs