Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Sanibal, Claudia Assef |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-11122013-115131/
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Resumo: |
A obesidade é um importante problema de Saúde Pública e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) representa uma epidemia global. Nesse contexto, os adolescentes como foco de mudanças fisiológicas, anatômicas, culturais e sociais representam um grupo com elevado risco de obesidade e suas co-morbidades. O objetivo do presente estudo foi avaliar o possível efeito dos componentes da dieta sobre a atividade antioxidante da proteína paraoxonase (PON1) e o tamanho da HDL em adolescentes. Foram recrutados adolescentes de ambos os sexos, com faixa etária de 10 a 19 anos e de escolas públicas da cidade de São Paulo. Os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico, Sobrepeso e Obeso, segundo COLE et al. (2000). Após jejum (12-15h) foi coletada uma amostra de sangue e a partir do plasma realizamos as seguintes análises: Perfil lipídico, apo A1, apo B, CETP, Tamanho da HDL (laser- scatering), Atividade da Paraoxonase. Foram coletadas informações antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura, porcentagem de gordura corporal). A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa SPSS®, com valor de significância de p< 0,05. Dos 242 indivíduos elegíveis, 94 (39%) foram meninos e 148 (61%) meninas, com idade média de 13,9 ± 2,3 anos. Baseados no IMC, os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico: n= 77 adolescentes (32%); Sobrepeso: n= 82 adolescentes (34%) e Obeso: n= 83 adolescentes (34%). Esses grupos não apresentaram diferenças significativas quanto ao sexo, escolaridade da mãe, renda, maturação sexual e história clínica atual. Considerando que os grupos apresentaram diferença significativa entre a idade, as análises estatísticas foram ajustadas por essa variável. As diferenças entre CC e porcentagem de gordura corporal confirmaram os resultados obtidos com o IMC. Verificamos também que os elevados valores de IMC favoreceram a hipertigliceridemia (p= 0,046), e aos baixos valores de HDL-C (p= 0,002). Entretanto, os valores de CETP variaram em função do IMC. Analisando as correlações verificamos que o IMC mostrou correlação positiva com concentração plasmática de colesterol total (r= 0,347 e p= 0,035) e de LDL-C (r= 0,353 e p= 0,032), confirmando o impacto negativo da obesidade sobre os fatores do perfil cardiometabólico. Na análise do TAM HDL não houve diferença significativa entre os 3 grupos. A PON apresentou diferença entre os grupos (p=0,001) o que favorece o seu efeito antioxidante e antiinflamatório. Portanto, os resultados obtidos até a presente data demonstram que adolescentes obesos, mesmo ainda considerados clinicamente saudáveis, apresentam diversos parâmetros antropométricos e bioquímicos alterados, o que indica o elevado risco cardiovascular dessa população. |