Fatores dietéticos e câncer oral: um estudo caso controle na região metropolitana de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Marchioni, Dirce Maria Lobo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-21072016-155342/
Resumo: Objetivo. Investigar o papel da dieta no câncer oral. Métodos. Este estudo utilizou dados do Município de São Paulo obtidos em um estudo multicêntrico tipo caso-controle de base hospitalar. Participaram 845 indivíduos (366 casos incidentes de câncer oral e 469 controles). Os dados de consumo alimentar foram obtidos por um questionário de freqüência alimentar (QFA). Verificou-se o risco associado ao consumo de alimentos e de grupos de alimentos definidos a priori e a posteriori, por análise fatorial, estes últimos denominados \"fatores\". O primeiro fator, rotulado como \"prudente\", caracterizou-se pelo consumo de vegetais, frutas, queijo e carne de aves. O segundo, \"tradicional\", pelo consumo de arroz e massas, feijão e carne; o terceiro fator, pelo consumo de pão, manteiga, embutidos, queijos, doces e sobremesas. O último fator, \"monótono\", associou-se negativamente ao consumo de frutas, vegetais e alimentos lácteos. Após categorização dos fatores dietéticos em tercis, foram estimados os valores da Razão de Chances e Intervalos de Confiança de 95 por cento por regressão logística múltipla não condicional. Resultados. Verificaram-se associações inversas para o consumo mais elevado de feijão e vegetais crus e para o tercil intermediário de arroz e massas; e diretas para o consumo de ovos, batata e leite. O padrão tradicional associou-se inversamente ao câncer oral, e o monótono positivamente. Nossos dados sugerem que a dieta tradicional do brasileiro, composta por arroz e feijão, além do consumo de frutas, vegetais e quantidades moderadas de carnes, pode conferir proteção para o câncer oral, independente de fatores de risco reconhecidos, como o fumo e o consumo alcoólico.