Fatores preditivos para mucosite oral severa em pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas e a fotobiomodulação no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rezende, Sandra Bastos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23155/tde-26022021-084958/
Resumo: A mucosite oral (MO) é uma reação tóxica inflamatória decorrente do tratamento antineoplásico, sendo encontrada em 80% dos pacientes submetidos a transplantes alogênicos e autólogos de medula óssea. A laserterapia preventiva/curativa em pacientes de transplante de medula óssea/transplante de células tronco hematopoiéticas (TMO/TCTH) é preconizada a partir do primeiro dia do condicionamento com altas doses de quimioterapia associados ou não à radioterapia até a recuperação medular. No Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), a laserterapia é aplicada diariamente em pacientes submetidos ao TMO/TCTH. A MO é considerada uma condição clínica de alta morbidade nos pacientes onco-hematológicos e, apesar dos resultados positivos e promissores da terapia de fotobiomodulação com laser de baixa potência, em determinados momentos, sua incidência e severidade podem sofrer alterações quando associada a fatores de risco. Portanto, dado o impacto negativo que a MO acarreta a qualidade de vida dos pacientes oncológicos, mais investigações, dos fatores que podem interferir na sua progressão, aumentando o risco da sua forma mais severa, são necessárias. Esta pesquisa teve o propósito de avaliar a severidade da MO e a sua relação com parâmetros clínicos e laboratoriais, tais como índice sérico da proteína C reativa (PCR), tipo de microrganismo patogênico e sintomatologia dolorosa. Foi realizada análise retrospectiva de 171 prontuários de pacientes submetidos ao TMO/TCTH no IBCC e que receberam PBMT para a prevenção e tratamento da MO, durante o período de janeiro de 2017 a março de 2019. Os valores dos índices de PCR sérico, creatinina, ureia, transaminase glutâmica oxalacética (TGO), transaminase glutâmica pirúvica (TGP) e tipo de microrganismo patogênico foram coletados dos prontuários dos pacientes em dois momentos: no primeiro dia de condicionamento para o transplante e no dia referente ao grau mais alto de MO de cada paciente. Os dados coletados foram digitalizados em planilhas do Excel para posterior análise. Para caracterização da amostra, foi realizada a estatística descritiva por meio de frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central (média e mediana) e dispersão (desviopadrão). Os resultados foram considerados estatisticamente significantes quando p<0,05. Transplantes alogênicos com uso de metotrexato, presença de microrganismos em culturas e valores de PCR acima de 11,00 mg/dL podem ser considerados preditivos para MO severa.