Os festejos do reinado de Nossa Senhora do Rosário em Belo Horizonte/MG: práticas simbólicas e educativas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Alves, Vânia de Fátima Noronha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-17062008-152027/
Resumo: Este estudo partiu da premissa que toda prática social é uma prática simbólica, portanto, educativa. Teve como foco de análise o Reinado de Nossa Senhora do Rosário (também conhecido como Congado), manifestação católica, típica dos negros, popular e importante em nosso Estado, tanto no interior quanto na capital, que aqui privilegia alguns grupos da cidade de Belo Horizonte. Esta manifestação se funda em uma narrativa mítica em torno da Santa de mesmo nome e constitui o imaginário de seus devotos. Dito de outro modo, por meio da narrativa, os devotos de Nossa Senhora do Rosário (os Filhos do rosário) definem não só a sua crença como todo seu modus vivendi. Estamos diante de uma prática social educativa (abusando da redundância). O estudo teve como perguntas mobilizadoras: que imagens estão presentes no mito de Nossa Senhora do Rosário? Como essas imagens constituem o modus vivendi de todos aqueles que seguem o rosário de Maria? Que significantes elas concretizam no imaginário de seus devotos? Como se dão os processos educativos na construção desse imaginário? Seu principal objetivo foi analisar as imagens míticas do Reinado, investigando as modulações entre o imaginário, o mito, a festa e as práticas educativas que lhes são intrínsecas. Para isso, elegeu como base epistemológica o paradigma da complexidade, e dentro dele, as teorias da antropologia do imaginário, da psicologia profunda e da festa. Os principais autores que alicerçaram este estudo foram Edgar Morin, Joseph Campbell, Gaston Bachelard, Gilbert Durand, Jean Duvignaud, Erich Neumann e Edward Whitmont. Este referencial teórico permitiu analisar o arquétipo da Grande-Mãe e seu desdobramento na vida dos congadeiros. Assim, os objetivos propostos para o estudo foram alcançados. Espera-se que os resultados encontrados possam contribuir para com os conhecimentos sobre as comunidades afrodescendentes, ampliando a nossa compreensão da sociedade, de educação e de nós mesmos.