Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lucena, Leticia Zorante de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-19092024-150854/
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Resumo: |
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central (SNC), com curso clínico subdividido em fenótipo Progressivo (EMP) e fenótipo Recorrente Remitente (EMRR). O diagnóstico e a progressão da EM decorrem da avaliação de parâmetros funcionais, laboratoriais e utilização de imagens de Ressonância Magnética (RM). Estudos da medula espinal em imagens de tomografia por emissão de pósitron (do inglês Positron Emission Tomography-PET) são necessários, pois até 90% dos pacientes com EMpossuem lesões na medula espinal, no qual a região cervical é mais relevante para o desenvolvimento e progressão da incapacidade, devido a maior carga lesional e gravidade da atrofia associada a alterações de função motora em membros superiores e inferiores. As imagens PET aliadas a ressonância magnética em equipamento híbrido PET-RM podem trazer novas nuances na compreensão do comportamento heterogêneo da doença na medula cervical dos indivíduos acometidos. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi avaliar o conteúdo de mielina na medula cervical de pacientes com EM e voluntários saudáveis (VS) através de imagens híbridas de PET-RM, e correlacionar os dados de imagem com achados clínicos destes indivíduos. Métodos: Imagens PET com [11C]PIB (do inglês, Pittsburgh Compound B) e RM 3Tesla com ponderação T1 de 49 participantes com EM e 19 VS foram utilizadas para o desenho dos volumes de interesse (VOIs) no Software PMOD 4.1. Cada VOI foi delimitado com base no nível anatômico das vértebras C1-C2, C3 e C4. Foram obtidos os valores de captação de [11C]PIB SUV (do inglês, Standardized Uptake Value; SUVr em relação ao músculo (do inglês, Standardized Uptake Value ratio), e Volume (cm³). p <0,05 foi considerado como significativo. Resultados: A captação de [11C]PIB (SUV) variou significativamente entre os grupos EMRR e EMP nos níveis C1-C2 (p=0,014) e C3 (p=0,011); e para dados de SUVr em C1-C2 (p =0,020), C3 (p=0,023) e C4 (p=0,032). O Volume (cm³) foi significativamente menor no grupo EMP quando comparado com VS em C1-C4 (p=0,031). No grupo EM, uma correlação inversa e moderada ocorreu xiv entre [11C]PIB (SUV e SUVr) e EDSS (do inglês, Expanded Disability Status Scale) em C1-C2 (r=-0,479; p<0,001) e (r=-0,427; p=0,003); C3 (r=-0,470; p<0,001) e (r=-0,454; p=0,002) e C4 (r=-0,393; p=0,007) e (r=-0,386; p=0,008), respectivamente; entre SUV e função motora 9HPT (do inglês, 9 Hole-peg-test), e 25FW (do inglês, Timed 25 Foot Walk) a nível C1-C2 (r=-0,333; p=0,025) e (r=-0,355; p=0,016) ; C3 (p=-0,389; p=0,008) e (r=-0,319; p=0,030); C4 (apenas para 25FW; r=-0,309; p=0,037), respectivamente; e entre SUVr e 25FW a nível C1-C2 (r=-0,311; p=0,035) e C3 (r=-0,331; p=0,025). No fenótipo EMRR, uma correlação inversa e moderada entre SUV e EDSS foi observada a nível C1-C2 (r=-0,483; p=0,011), C3 (r=-0,440; p=0,022) e C4 (r=-0,420; p=0,029). Para o fenótipo EMP, uma correlação inversa e moderada entre Volume e EDSS foi obtida em C1-C2 (r=-0,503; p=0,040). Conclusão: Os resultados deste estudo mostram correlação entre redução do volume e da captação de [11C]PIB com um aumento de incapacidade funcional, e sugerem uma complementaridade entre informações morfológicas da RM com as informações fisiológicas das imagens PET no estudo dos diferentes fenótipos de EM |