Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Batista, Laísa de Assis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44143/tde-08052023-083248/
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Resumo: |
A geocronologia U-Pb de zircão e monazita é uma ferramenta essencial para a reconstrução geodinâmica pré-cambriana, com grande aplicabilidade devido à ocorrência comum desses minerais em rochas crustais, alta temperatura de fechamento da difusão de Pb nas estruturas cristalinas, resistência ao intemperismo, capacidade de registro policíclico, e às três cadeias de decaimento datáveis para o sistema isotópico. A petrocronologia alia dados geocronológicos ao cálculo de equilíbrio termodinâmico de fases, refinando e detalhando as escalas de tempo (t) e condições P-T dos processos petrogenéticos crustais. Entretanto, ainda é um desafio a realização de geocronologia e petrocronologia em amostras que sofreram desequilíbrio e abertura do sistema geoquímico. Neste sentido, utilizamos análises discordantes e concordantes de zircão e monazita em domínios pobres e ricos em fundido de migmatitos pelíticos e máficos dentro da zona de interferência entre os orógenos Brasília (700560 Ma) e Ribeira (600492 Ma), SE Brasil, para discutir: (a) a confiabilidade das idades máximas de deposição para os protólitos sedimentares a partir do sistema U-Pb em núcleos de zircão e (b) a idade e a escala temporal dos eventos metamórficos registrados em sobrecrescimentos de zircão e monazita metamórfica. A conexão entre idade e geoquímica de zircão e monazita, aliada ao monitoramento do crescimento de granada, xenotímio e à evolução da fusão parcial nos metassedimentos; integrados à modelagem de discordância do zircão, modelagem 1-D do fluxo geotérmico e equilíbrios de fase nos sistemas (Y+P+F+REE)MNCKFMASHTO reconstituem o comportamento do sistema pelítico, que sofreu abertura parcial na transição anfibolitogranulito. O aumento de temperatura e a extração de fundido favorecem a homogeneização isotópica nas rochas paraderivadas, enquanto a interação com o fundido das encaixantes dispara a fusão parcial e geração de zircão nas intercalações máficas da região. Como resultado, propomos: (a) idade máxima de deposição em 730 Ma para rochas relacionadas à unidade Santo Antônio na região de estudo, contrastante à idade criogeniana definida regionalmente; (b) pelo menos 120 Ma de evolução para o metamorfismo do Orógeno Brasília Meridional (680560 Ma); e (c) a restrição do metamorfismo Ribeira a uma discreta sobreimpressão cambriana estática (c. 520 Ma) na área investigada. A reconstrução dos controles geoquímicos em diversos domínios de equilíbrio local demonstra a influência da paragênese acessória no equilíbrio da monazita; e que núcleos e bordas de zircão não representam, exclusivamente, domínios de herança e metamorfismo em sistemas suprasolidus. |