Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fracalozzi, Jonas de Lara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-24082020-095355/
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Resumo: |
Introdução: Hipoxia é uma das principais causas de morbimortalidade do feto e recém-nascido (RN), tanto pela prematuridade que provoca quanto pelas lesões no período perinatal. Monitorização eletrônica da frequência cardíaca fetal é o método utilizado para rastreio de hipoxia, mas tem baixo valor preditivo positivo. Redistribuição hemodinâmica é um mecanismo adaptativo do feto frente à hipoxia, que pode preceder e tem o potencial de predizer resultados adversos perinatais (RAP). Objetivo: Investigar a influência de variáveis demográficas maternas, da ultrassonografia obstétrica anteparto, incluindo a relação cerebroplacentária (RCP) fetal, obstétricas e neonatais, com eventos adversos perinatais relacionados à hipoxia. Casuística e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, que incluiu 613 parturientes admitidas para resolução da gestação antes da fase ativa do trabalho de parto, cujos fetos haviam sido submetidos à ultrassonografia com Dopplervelocimetria nas 72 horas que antecederam o nascimento, com fetos únicos, vivos, sem anomalias congênitas e idade gestacional (IG) superior a 26 semanas. Os desfechos investigados foram: indicação de cesárea por sofrimento fetal agudo (SFA), Apgar <7 no 5º minuto e resultado adverso neonatal. Dados de interesse relacionados à mãe, ao parto e recém-nascido foram coletados na inclusão da paciente e em prontuários. Para identificar fatores de risco para os desfechos foi utilizado o modelo de regressão log binomial para estimar Risco Relativo bruto e ajustado. Para se identificarem os preditores mais significativos utilizou-se o modelo de árvore de inferência condicional. Neste modelo, IG e variáveis ecográficas foram analisadas como quantitativas e qualitativas. Curvas ROC foram construídas para avaliar, individualmente, as acurácias das variáveis ultrassonográficas na predição dos desfechos. Resultados: Características maternas não estiveram associadas e nem foram preditoras dos resultados adversos estudados. Índice de resistência (IR) de AU>p95 para a IG foi um preditor de cesárea por suspeita de SFA, assim como uma RCP abaixo de 0,98, independente da IG. A IG foi o preditor mais relevante de Apgar <7 no 5º minuto para RNs <29 semanas. Para RNs>29 semanas, IR da AU>0,84 também foi preditor desse resultado. IG <37 semanas foi preditora de resultado neonatal adverso. Em RNs pré-termo, centralizados e que nasceram de cesárea, a prevalência de resultado adverso foi de 75%, mas com queda para 25%, quando nasceram de parto vaginal. RCP reduzida foi preditora do desfecho, especialmente em RNs com IG superior a 34 semanas. IR da AU e RCP apresentaram, individualmente, acurácia moderada na predição de resultado adverso neonatal. Conclusões: A IG ainda é uma variável relevante que deve ser levada em consideração ao se propor resolução de uma gestação. Dopplervelocimetria da AU anormal é um preditor importante de RAP, especialmente em gestações de alto risco e no 3º trimestre. A RCP surge como possível ferramenta de predição de RAP e, neste estudo, foi preditora de cesárea por SFA e de resultado adverso neonatal, em RNs pré-termo tardios e a termo. Todavia, quando avaliada individualmente, apresentou acurácia moderada na predição deste resultado adverso. |