Da causalidade na responsabilidade aquiliana : a culpa como critério causal nos exemplos de Alfeno e de Juliano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Elias, Rafael Cimatti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2131/tde-09042024-111149/
Resumo: A presente pesquisa tem por objeto o estudo da causalidade na responsabilidade civil aquiliana, especificamente no desenvolvimento desse requisito e sua relação com a culpa no âmbito da Lei Aquília. Nessa linha, busca-se, primeiramente, estabelecer o escopo e alcance original da Lei Aquília, sobretudo a partir do estabelecimento do seu texto original por meio de testemunhos indiretos presentes nas fontes romanas a fim de fixar o ponto de partida para análise da evolução do elemento causal. Em seguida, passa-se a análise dos principais elementos que configuram a aplicação do plebiscito aquiliano, concentrando-se especialmente na evolução da iniuria aquiliana e sua ligação com a culpa, bem como no desenvolvimento do requisito do nexo causal ao lado do fortalecimento do elemento culposo. Por fim, realiza-se uma investigação analítica da fattispecie, fundamentos e decisão dos casos descritos nos fragmentos Alf. 2 dig., D. 9, 2, 52, 2 e Iul. 86 dig., D. 9, 2, 51, pr.-2 a fim de se verificar o papel do elemento causal na resolução do caso e sua relação com a culpa. O presente trabalho sugere que a causalidade na Lei Aquilia era inicialmente pautada por um critério de danos imediatos (contato físico) e materiais, mas que este critério foi, posteriormente, flexibilizado com evolução na aplicação do plebiscito por influência do aumento da importância da análise culposa, interação também presente na responsabilidade civil contemporânea subjetiva.