Fatores ecofisiológicos afetando o comportamento de milho em semeadura tardia (safrinha) no Brasil central

• Ano de defesa: 1993
• Autor(a) principal: Durães, Frederico Ozanan Machado
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: COMPORTAMENTO; ECOFISIOLOGIA VEGETAL; MILHO; SAFRINHA
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20210104-174554/

Objetivando-se avaliar as relações entre fonte de assimilados e grão-dreno, bem como o comportamento de fatores morfofisio1ógicos que limitam o rendimento de grãos em plantas de milho (Zea mays L.) de diferentes ciclos (NormaI Precoce e Superprecoce), em semeadura tardia (safrinha), foi conduzido, de fevereiro a julho/1992, na USP/ESALQ/Departamento de Agricultura, em Piracicaba, SP, um experimento com três densidades de cultivo (dl = 33,3 mil, d2 = 55,5 mil, d3 = 77,7 mil plantas/ha). Verificou-se a eficiência de cultivares de milho quanto à duração do crescimento e rendimento, nas fases vegetativa e reprodutiva. Esses parâmetros foram associados com o Índice de Colheita (IC, fração dos grãos em relação à matéria seca total da planta), Índice de Partição (IP, taxa de rendimento de grãos para a matéria seca produzida após o florescimento) e Índice de Esforço Reprodutivo (IER, razão · entre a energia destinada aos órgãos reprodutivos e a energia total da planta). Os índices IC, IP e IER mostraram-se significativamente importantes na explicação do rendimento. Os rendimentos de ... grãos variaram entre os cultivares e entre as densidades e foram significativamente superiores nas maiores densidades de cultivo, para os três cultivares avaliados. Valores máximos de IAF, dentro de cultivar, resultaram em maiores rendimentos de grãos e contribuíram para explicar a variação do acúmulo de matéria seca total e do grão. Todos os cultivares tiveram o enchimento de grãos incompleto, indicando inadequada oferta de assimilados durante essa fase, principalmente para o cultivar superprecoce. Isto sugere que a oferta foi inferior à capacidade de armazenamento na espiga e, nesse caso, além do rendimento de grãos, outros órgãos vegetativos ficaram prejudicados em seu desenvolvimento. Concluiu-se que as condições ambientais de cultivo de “safrinha” são subótimas para o desenvolvimento do milho, principalmente para os cultivares com características e comportamento de precocidade acentuada. Para esse tipo de cultivo de “safiinha”, deve-se dar preferência a materiais que tenham larga capacidade de dreno e que acumulem rapidamente matéria seca em seus órgãos, continuando ainda a acumular, paralelamente ao enchimento de grãos, matéria seca total. A redistribuição de assimilados após o início do período de enchimento de grãos é uma característica desejável.