Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Serra, Lia Novaes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-13062019-152039/
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Resumo: |
Esta tese busca analisar os crimes de ódio contra a população LGBT a partir de uma perspectiva psicanalítica. O ponto de partida teórico é reconhecimento que um dos grandes legados da análise freudiana está na associação entre patologias psíquicas e processos de socialização dos sujeitos na cultura. Um duplo propósito orienta essa pesquisa. Primeiramente, trata-se de compreender de que maneira o pacto civilizacional descrito por Freud, fundado pela repressão à agressividade e à sexualidade, não é cumprido no que se refere a tais crimes de ódio. Pelo contrário, a pulsão destrutiva presente no ato criminal é consentida por determinadas estruturas sociais, sendo possível dizer que a relação entre crimes de ódio e cultura é, em certa medida, uma relação de retroalimentação. Num segundo momento, explora-se a hipótese de que esses crimes, cometidos em sua maioria por homens, revelariam uma intolerância ainda maior em relação àqueles que teriam abdicado do corpo dito masculino e se aproximariam do que seria compreendido como posição feminina. Como conclusão, notamos, por um lado, que os crimes de ódio resultam de um sistema social perverso. Por outro lado, a violência contra população LGBT estaria baseada na ideia de punição daqueles que abdicaram do estatuto fálico e na opressão histórica à figura feminina |