Petrologia e geoquímica dos gnaisses migmatíticos do Complexo Atuba, Curitiba PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Silva, Josiane Aline da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-29092015-143212/
Resumo: A química mineral e de rocha total, a petrografia convencional e de catodo-Iuminescência, e a microscopia eletrônica de varredura de gnaisses migmatíticos do Complexo Atuba, leste do Estado do Paraná, foram utilizadas para caracterizar os componentes da migmatização, e os problemas associados à fusão parcial destas rochas, e para delimitar as condições de temperatura e pressão atingidas durante metamorfismo ou anatexia. Os trabalhos foram desenvolvidos sobre amostras de duas pedreiras, Atuba a norte e Ita a sul deste complexo. No início, os termos específicos para migmatitos foram utilizados de forma apenas descritiva. Os mesossomas são anfibólio-biotita gnaisses, compostos por homblenda + biotita + plagioclásio + quartzo \'+OU-\' feldspato alcalino + titanita + apatita + zircão \'+OU-\' granada. As temperaturas e pressões obtidas pelo geotermômetro homblenda/plagioc1ásio foram T de 724 \'+OU-\'17 a 718\'+OU-\'27°C para valores de P estimados pelo método de AI-em-hornblenda entre 6,78 \'+OU-\'0,51 e 6,89\'+OU-\'0,46kb. Tais condições são transicionais entre as normalmente aceitas para a fácies anfibolito e granulito. Os leucossomas são de dois tipos, a primeira de composição granodiorítica a quartzo-monzodiorítica, composto por plagioc1ásio + quartzo + feldspato alcalino \'+OU-\' biotita, e o segundo de composição sienogranítica, composto por feldspato alcalino + quartzo + plagioc1ásio, ambos desprovidos de acessórios. As estimativas de temperaturas de cristalização dos leucossomas através da saturação em zircão e apatita não devem ser muito precisas, devido às baixas concentrações de Zr e \'P IND.2\'0 IND.5\' nestas rochas. Todos os leucossomas, inclusive a amostra ATU-19 cujo mesossoma não foi analisado, apresentam padrões dos elementos terras rara que são típicos dos feldspatos. Enquanto as composições dos pares mesossoma/leucossoma ATU-16 e ATU-18 plotam à esquerda da trajetória dos pontos mínimos e eutéticos do sistema haplogranítico saturado em H20, a composição de ATU-19 fica no campo primário de Or sob praticamente qualquer condição de P, T e composição do fluido. Portanto, este leucossoma não deve representar um líquido. A amostragem dos melanossomas para analise química provou ser sujeita a contaminações, devido a suas pequenas dimensões. Quando tentou-se relacionar os termos presentes dentro de esquemas petrogenéticos (usando os termos específicos agora no sentido genético), verificou-se que a identificação dos trios leucossoma-mesossoma (paleossoma)-melanossoma, fácil nas escala da amostra de mão, ou da lâmina delgada, é mais difícil na macroescala. Foi possível identificar, geoquimicamente, trios de rochas que, a grosso modo, corresponderiam a trios petrogeneticamente relacionados. O granito JAS-O1 representa um dos tipos intrusivos em rochas do complexo na escala local a regional. Sua composição, muito pobre em Ca e Sr, cujo padrão dos ETR apresenta forte anomalia negativa de Eu e ETRP\' IND.(N)\' > ETRL\' IND.(N)\', parece representar rocha formada a partir da fusão parcial de tonalito, em equilíbrio, ainda, com plagioc1ásio. Os teores de K, Rb e Zr observados podem ser atribuídos, provisoriamente, à fusão com desidratação da biotita.