Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1990 |
Autor(a) principal: |
Rego, Ines Terezinha Soares Fernandes do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-30062015-144328/
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Resumo: |
Na região de São Fidélis, no Estado do Rio de Janeiro, ocorrem as unidades metaplutônicas Bela Joana e Angelim e as metassedimentares Catalunha, São Fidélis e Santo Eduardo, cujas idades prováveis são domédio ao final do Proterozóico. Todas as unidades estão estruturadas segundo um padrão de foliação SW-NE com mergulhos fortes. A associação charnockítica Bela Joana apresenta a configuração de um maciço lenticular e uma faixa estreita, separada do corpo principal por gnaisses migmatíticos. A unidade Bela Joana apresenta xenólitos de metamorfitos, representando restos de teto, e enclaves básicos, ambos relacionados à movimentação plutônica. Os eventos de deformação e metamorfismo que atuam posteriormente à formação das rochas das unidades Bela Joana e Angelim desenvolveram domínios deformacionais foliados e gnáissicos, relacionados às transformações metamórficas associadas a processos de cisalhamento dúctil. A foliação (\'S IND.C\') da unidade Bela Joana está presente também nos xenólitos de metamorfitos e nos enclaves básicos, podendo ser atribuída á fase de deformação \'S IND.n+1\' dos tipos litológicos gnáissico-migmatíticos encaixantes. As relações de contato entre as unidades Bela Joana e Catalunha situam a fase de colocação de associação charnockítica como anterior à intensa migmatização regional. A associação charnockítica abrange gabro-noritos, enderbitos, charno-enderbitos e charnockitos, com predominância dos termos intermediários; gabro-noritos e leuco-noritos também são encontrados sob a forma de enclaves. Como minerais primários tem-se plagioclásio, ortopiroxênio, clinopiroxênio, granada, quartzo e K-feldspato. Geoquimicamente, a unidade apresenta feições de uma seqüência cogenética de diferenciação magmática, com afinidade cálcico-alcalina, e com características de granitóide de arco magmático. A associação charnockítica é enriquecida em elementos terras raras, sobretudo em terras raras leves ) relativamente às terras raras pesadas, apresentando anomalias negativas de Eu bem definidas na maior parte das amostras. O granitóide Angelim ocorre paralelamente à foliação regional, encaixando entre as unidades Santo Eduardo e São Fidélis, sendo que as zonas cataclásticas cortam o ortognaisse ou indicam uma movimentação tectônica nas áreas de contato entre essas unidades. O Angelim é composto por rochas de composições tonalítica-granodioríticas com termos graníticos mais restritos. Os principais minerais fêmicos interpretados como magmáticos são a granada almandina e a hornblenda pargasítica; a biotita em grande parte é derivada das transformações desses minerais. Geoquimicamente, o Angelim apresenta afinidade cálcico-alcalina e enriquecimento em elementos incompatíveis, principalmente Rb e terras raras totais. As unidades gnáissico-migmatíticas Catalunha, São Fidélis e Santo Eduardo estão dispostas em faixas contínuas, onde a foliação principal (\'S IND.n+1\') está relacionada às faixas de cisalhamento dúctil desenvolvidas na região. As características petrográficas e geoquímicas sugerem que essas unidades representem a migmatização de seqüências supracrustais originalmente dominadas por grauvaca-pelitos com vulcânicas-vulcanoclásticas félsica-intermediárias associadas. As determinações geotermométricas e geobarométricas mostram que as fases minerais das unidades metaplutônicas e metassedimentares reequilibraram-se quimicamente sob condições de P-T em torno de 720 ° C e 6 Kb, expressando o pico do metamorfismo durante o Ciclo Brasiliano na região. Essas condições de P-T são consistentes com as fácies anfibolito alto e granulito, dependendo da abundância e composição das fases fluidas, particularmente das razões C\'O IND.2\'/\'H IND.2\'O nas rochas. |