Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Leila Azevedo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-23122024-133508/
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Resumo: |
Introdução: O conhecimento dos padrões de respostas corticais e subcorticais a eventos de fragmentação do sono pode contribuir para a construção de critérios neurofisiológicos associados aos diferentes índices polissonográficos utilizados como apoio diagnóstico na prática clínica. Na faixa etária infantil, tais critérios não se encontram bem estabelecidos. Método: Foi realizado estudo descritivo de 48 polissonografias de crianças com suspeita de SAOS, entre os anos de 2008 e 2011. Foram analisados os padrões de eletrencefalograma (EEG) considerados inequivocamente \"patológicos\" (sucedendo eventos respiratórios associados à dessaturação). Os eventos respiratórios definidos por critérios da Universidade de Stanford, alternativos aos da Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), foram analisados, com descrição das suas características. A acurácia de diferentes Índices de Apneias + Hipopneias e Índices de Distúrbios Respiratórios, baseados nos critérios da AASM ou de Stanford foi avaliada para a identificação de SAOS. Resultados: Foram analisados 449 padrões de EEG, referentes aos registros de polissonografias de 24 crianças com média de idade de 6,9 anos, sendo 16 do sexo masculino. Dos padrões analisados, 51,22% foram compatíveis com microdespertares/MSM; 4,45% com eventos não-AASM, e 44,32% com ausência de alterações do EEG. Quando houve alterações do EEG, 92% correspondeu a microdespertares e 92,82% aos subtipos A2 e A3 do Padrão Alternante Cíclico. O predomínio fronto-central das mudanças de frequências do EEG (46,82%) e a ausência de predomínio (37,69%) foram mais frequentes que o predomínio centro-occipital (15,47%) p= 0,037 & p= 0,00. Houve ativação subcortical em 51,67% das situações estudadas; em 79,13% dos microdespertares e em 45% dos eventos não-AASM. Houve mudança de estágio de sono em 7,35% das situações estudadas; em 13,48% dos microdespertares e em nenhum evento não-AASM ou subtipo A1. Dentre os 449 eventos respiratórios associados à dessaturação, 51,45% foram apneias centrais e 45,43% foram hipopneias. Foram analisados 78 eventos de \"Stanford\", sendo 87,18% sucedidos por microdespertar/AASM e 80,77% associados à ativação subcortical. Não houve episódio de dessaturação ≥3% em 91,78% dos casos. Para todos os índices propostos para definição de SAOS, a sensibilidade e o valor preditivo positivo foram de 91,67% (72,8 a 98,9) e a classificação de gravidade do Distúrbio Respiratório do Sono permaneceu a mesma em todas as crianças. Conclusões: Para o grupo estudado, os microdespertares/AASM corresponderam à maioria das alterações inequivocamente patológicas da microestrutura do sono, com predomínio fronto-central das mudanças de frequências do EEG. Ativação subcortical ocorreu em cerca de metade das situações analisadas, e na grande maioria dos eventos de microdespertares, provavelmente não aumentando a acurácia na identificação dos mesmos. A consideração de eventos de hipopneias do grupo de Stanford não aumentou a acurácia no diagnóstico de SAOS. |